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Os bons negócios em torno do seu melhor amigo

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Foi-se o tempo em que os pets tinham à sua disposição apenas os pet shops, o banho e tosa e as clínicas veterinárias, fossem juntos ou separados. Estes serviços continuam, agora acompanhados de diversos outros como o pet food (variados alimentos), pet serv (serviços como adestramento, creches e hotéis), e pet care (acessórios, higiene e beleza), citando apenas os primeiros do ranking.

E investir nesses variados segmentos para pets, todos num mesmo ambiente, parece estar sendo um bom negócio, em Manaus, ao menos para a empreendedora Patrícia de Oliveira Alves que largou seu trabalho como corretora de imóveis e resolveu investir primeiro num consultório veterinário, depois num banho e tosa, seguido por um hotel, uma creche e agora está transformando o consultório em clínica. O pet shop, que até há pouco tempo seria o primeiro da lista de negócios, só agora começa a ser pensado por Patrícia. Juntando tudo surgiu a Dog Inn Creche e Hotel, há apenas nove meses, no conjunto Tiradentes.

“Tudo começou devido ao meu pug Café. Por causa dele resolvi montar uma pet shop mas, pesquisando na internet, vi que um consultório veterinário era mais interessante, então, montei o consultório e os outros segmentos foram surgindo, um atrás do outro”, contou. “Agora os carros-chefes da Dog Inn são a creche e o hotel”, completou.

Patrícia tem como sócia a cunhada Socorro Vasconcelos, e os filhos Lucas e Lívia. Do total de 14 funcionários, nove são da mesma família.

Jony Cley, há dez anos veterinário, especialista em cirurgias, foi o primeiro funcionário da Dog Inn.

“A cadela Fifi, da Socorro, uma SRD (Sem Raça Definida) fugiu de casa e foi atacada por um monte de cachorros, ficando quase à morte. Atendida pelo Dr. Jony Cley, ele a salvou. Como o médico estava saindo da clínica onde trabalhava e eu estava começando o empreendimento, o contratei”, contou.

Músicas para acalmar

Hoje a Dog Inn tem três veterinários e Lívia está cursando a faculdade de veterinária. Devido à grande demanda, o consultório (onde são aplicadas vacinas, dadas receita e feitos exames) será transformado em clínica (onde serão realizadas internações e cirurgias).

Mas o sucesso da Dog Inn mesmo é a moda do momento: a creche e o hotel.

Para a creche, o proprietário do cão precisa fazer um pacote mensal no qual ele define os dias que pretende deixar o animal no local.

“O cão precisa estar vacinado, vermifugado e passar um dia na creche para conhecer o espaço e observarmos se é sociável”, explicou.

O animal deve ser trazido às 8h e logo é ocupado com várias atividades com brinquedos e caça aos petiscos. Às 11h30 ele almoça e vai descansar. A ração deve ser trazida pelo dono, com as especificações da quantidade que o animal consome. À tarde, novas atividades. Às quintas-feiras acontece o banho de piscina. Músicas ambientes, em vários estilos, ajudam o animal a se acalmar. Eles são separados por tamanho: grandes e pequenos. Às 17h o dono deve vir pegar de volta o seu ‘amigo’. Um serviço à parte é o banho e a tosa.

“Os animais gostam tanto do tratamento recebido que têm uns que relutam em ir com o dono”, acrescentou.

No hotel os cães ficam em determinados dias ou semanas, principalmente quando o seu dono precisa viajar. Eles participam de todas as brincadeiras com os outros animais. A diferença é que, à noite, permanecem no hotel para dormir.

O Dog Inn tem 23 dormitórios, permanentemente ocupados. Em dezembro passado, período de férias, ficou completamente lotado. A creche e o hotel são somente para cachorros, já o consultório, o banho e a tosa atendem a qualquer pet.

Serviço

O que: Dog Inn Creche e Hotel

Onde: Rua Pampulha, 66 – Conjunto Tiradentes – Aleixo

Funcionamento: Domingo, das 8h às 12h; segunda a sexta-feira, das 8h às 17h

Informações: 9 9127-4308 e 3321-4094

Números que crescem

Segundo o IBGE, 44,3% dos 65 milhões de domicílios do país têm ao menos um cachorro, enquanto 17,7% tem um gato. O país é o quarto com maior número de animais domésticos (52,2 milhões de cachorros, 22,1 milhões de gatos, entre outros pets).

Esse é um dos motivos que influenciam no crescimento do mercado pet. O Brasil é o terceiro país no ranking de faturamento com 18 bilhões movimentados em 2015. O crescimento médio é de 17% ao ano e estima-se que, em 2020, o país fature R$ 20 bilhões só com esse segmento.

Além dos segmentos citados no início da matéria, outros que também desempenham papel importante no setor são o pet vet (medicamentos veterinários), treinamento de donos e adestramento de animais, pet sitter (babás), acessórios (roupas, brinquedos, comedouros), plano de saúde, alimentação premium e padaria pet, fotografia de animais.  

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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