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Oposição ataca Guido Mantega

Deputados da oposição fizeram duras críticas à política econômica do governo de Dilma Rousseff e um deles chegou a sugerir a demissão do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que compareceu ontem à Câmara para uma audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação.
Os parlamentares criticaram desde o baixo crescimento, a inflação alta, a falta de credibilidade das contas públicas, a atuação do BNDES e o aumento da dívida bruta do governo até a pequena entrada de turistas estrangeiros no país. A audiência durou mais quatro horas.
O deputado mais agressivo em suas críticas foi Rodrigo Maia (DEM/RJ) que afirmou que, se o governo fosse uma empresa privada, Mantega estaria demitido. Segundo ele, os problemas atuais do Brasil derivam de uma crise de confiança e não de uma crise internacional.
“A crise tem nome e sobrenome: chama-se Dilma e chama-se Guido Mantega”, afirmou.
O ministro rebateu as críticas dizendo que, durante seu mandato, a inflação sempre ficou dentro do limite superior previsto no regime de metas.
Ele disse que não há manipulação das contas públicas e que todas as operações do Tesouro são feitas dentro da legalidade e publicadas no “Diário Oficial” da União. Mantega afirmou ainda que o crescimento menor é reflexo da crise internacional e ironizou a crítica de Maia.
“O deputado Rodrigo Maia ignora a crise. Eu gostaria que não tivesse crise. Esse é o mundo do deputado Rodrigo Maia”, rebateu.

Demissão

O ministro citou ainda o bom desempenho do mercado de trabalho, com baixa taxa de desemprego e aumento da renda. Questionado sobre os boatos sobre sua possível demissão, Mantega disse que não passam de fofocas de pessoas que querem enfraquecer o governo.
“Num momento de turbulência [internacional], você colocar suspeitas sobre a equipe econômica é aumentar a turbulência”, disse.
Deputados da base aliada, como o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), e Zeca Dirceu (PT/PR), fizeram coro aos argumentos de Mantega. “Talvez esse “frisson” seja por conta da disputa [eleitoral] de 2014, mas o nosso governo está seguro”, disse Guimarães.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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