Pesquisar
Close this search box.

Omar minimiza pressão sobre Arena

A inauguração da Arena da Amazônia foi adiada novamente, desta vez para o fim deste mês. Segundo o governador Omar Aziz, todo o esforço realizado seria em vão se a inauguração fosse mantida durante a visita da presidente Dilma Rousseff, agendada para amanhã. “Todo esforço foi feito e nós perderíamos, porque a própria imprensa diria que tem coisas inacabadas. Já passamos por tantas coisas, vidas foram perdidas, não adianta pressa agora”, disse Omar.
De acordo com o governador do Estado do Amazonas, o estádio ainda não está pronto para receber o público porque obras ainda estão em andamento. Faltam cerca de 3% para a conclusão da obra da Arena da Amazônia. “Só vamos entregar a obra quando ela estiver 100% pronta. Não há condições de entregá-la do jeito que está”, afirmou Omar Aziz.
A medida não deverá comprometer o cronograma da Fifa (Federação Internacional de Futebol Associado). Segundo o ministro de Esporte, Aldo Rebelo, Manaus está na média do esforço nacional para organizar a Copa. “Nós vamos ter o estádio para realizar os eventos. Eu creio que estaremos com a cidade pronta para receber o primeiro jogo entre Inglaterra e Itália”, disse.
Segundo o ministro, o esforço para a cidade receber os turistas e as delegações está sendo realizado pelo governo do Estado e pela prefeitura com o apoio do governo federal. “Nós organizamos esta reunião dos planos operacionais”, garantiu Rebelo durante a reunião de integração dos planos operacionais – Copa do Mundo 2014 – entre as equipes do governo federal, estadual e municipal realizada ontem, na capital amazonense.

Esforço em jogo

Na avaliação do ministro Aldo Rebelo o fato de quatro pessoas terem morrido na obra não irá marcar a Arena da Amazônia de forma irreversível, ele citou os casos trágicos que marcaram três Jogos Olímpicos da Era Moderna. “A fatalidade, a tragédia infelizmente marca muito das atividades humanas. Nós tivemos nas Olimpíadas de Munique, 1972, realizada na Alemanha, a morte e o sequestro de atletas que já se encontravam dentro da Vila Olímpica. Nas Olimpíadas de Atlanta, 1996, nos Estados Unidos, houve um atentado também com vítimas fatais. Agora, antes das Olimpíadas de Inverno em Sochi 2014, na Rússia, houve outro atentado em uma estação de trem. Então eu creio que por mais que os cuidados tenham sido adotados, e foram adotados. Houve acidentes fatais, que é lamentável”, relatou.
Mesmo com a proximidade da abertura da Copa, o ministro acredita que as obras serão entregues de acordo com o planejamento da Fifa, dentro das devidas tolerâncias. “Os estádios, por exemplo, alguns vão ser entregues com um certo atraso, já temos o caso de São Paulo, o estádio do Corinthians também em decorrência de um acidente. Nós temos o caso do Paraná, ali não foi acidente, foi descuido mesmo, ali era a obra mais fácil e nós vamos atrasar a entrega do estádio de Curitiba para a Copa. Os outros vão atrasar um pouco, mais nada que marque a Copa no local”, afirmou.
Aldo Rebelo conta com o esforço das equipes locais para ter esses dois estádios – São Paulo e Curitiba. Quanto as obras de mobilidade urbana, o que não for entregue na Copa, o ministro garante que serão entregues após o mundial. “As outras obras de mobilidade, como aqui em Manaus, nós tiramos algumas da matriz de responsabilidade. Mas elas continuam sendo feitas e entregues à população depois da Copa”, disse.

A Pátria de Chuteiras

O ministro do Esporte esteve em Manaus para participar da Reunião de integração dos planos operacionais entre as equipes do governo federal, estadual e municipal realizada ontem e também para o lançamento do livro “A Pátria de Chuteiras”, de sua autoria. Aldo Rebelo é jornalista, admirador de Nelson Rodrigues e, gosta de futebol. Segundo ele, ninguém escreveu tão bem sobre o Brasil e futebol como Nelson Rodrigues, que era um torcedor apaixonado e um brasileiro, também, apaixonado. “Eu acho que as crônicas de Nelson Rodrigues estão mais atuais hoje, do que quando foram escritas há 50, 60 anos. Só a paixão pelo Brasil e pelo futebol explica a mobilização que nós estamos fazendo para entregar uma Copa do Mundo à altura das expectativas do Mundo e do Brasil”, conclui.
Na opinião do ministro do Esporte a forma como Manaus é vista não foi abalada após os comentários do técnico inglês, sobre o clima da região e dos recentes acidentes com vítima fatal nas obras da Arena, pesquisa encomendada traduz a preferência de jornalistas esportivos pela capital amazonense que permanece entre as três primeiras subsedes mais cobiçadas, pelo turista em geral.
“Eu havia notado antes quando nós encomendamos uma pesquisa do Ministério do Esporte com jornalistas credenciados para cobrir a Copa do Mundo e perguntamos, por exemplo, antes desse episódio qual o destino que ele gostaria de visitar. Entre as 12 cidades-sedes Manaus só ficou atrás do Rio de Janeiro, que emplacou o primeiro lugar e São Paulo em segundo. Manaus ficou a frente de Fortaleza, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, ou seja, já um destino muito cobiçado pelas pessoas no mundo inteiro e pelos jornalistas”, reconheceu.
Aldo Rebelo acredita que essa questão está superada, apesar das declarações não só do técnico inglês, mas também de jornalistas ingleses sobre o que iam encontrar em Manaus. Para ele os ingleses sabem o que tem o vale do Amazonas, desde o tempo em que quiseram ocupá-lo. “A Guiana que eles deixaram por aí é apenas a memória mais antiga da cobiça que eles tinham sobre a Amazônia. Os franceses e os holandeses do mesmo jeito. Então eles sabem o que vão encontrar por aqui: hospitalidade e muito amor próprio”, assegurou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar