Pesquisar
Close this search box.

Oficina prepara atores para peça contemplada no Prêmio Zezinho Corrêa

Foi-se o artista, mas ficou seu legado. O Prêmio Manaus 2021 Zezinho Corrêa, da Manauscult, já começa a promover as primeiras atividades culturais dos projetos contemplados pelo edital cujo Prêmio leva o nome do artista. Sem dúvida alguma Zezinho Corrêa foi uma das maiores expressões da cultura amazonense principalmente na música e no teatro. À frente da banda Carrapicho, foi o artista amazonense que mais elevou o nome do Estado no exterior.

Um dos projetos contemplados no Prêmio reúne as duas artes que Zezinho tão bem desempenhou: teatro e música. Trata-se de ‘As aventuras de Alice em um sonho de uma noite de verão’, um infantil, mas com muitas músicas, do diretor e professor David Carlutio. A produção da peça é resultado do projeto de Álvaro Smont, que está realizando a oficina ‘Técnicas de interpretação cênica para iniciantes’, com o objetivo de formar atores para encená-la.

“Não só para esta peça mas, quem sabe, para no futuro, esses jovens que estão participando da oficina decidirem se profissionalizar atores ou atrizes,”, destacou Álvaro que, além deste trabalho de produção, ainda encontra tempo para escrever sua própria peça humorística ‘A galhofa’, com previsão de montagem para o ano que vem. Alunos da oficina já serão preparados para esta futura encenação.

Álvaro Smont, um apaixonado pela produção teatral – Foto: Divulgação

Os dois diretores têm vasta experiência no circuito teatral local. Álvaro atua no meio desde 2005. Em 2012 ele criou a Lumischt Universo Cultural & Produções que, além de produzir peças teatrais e trabalhos audiovisuais, também contrata atores para animação de festas. David começou um ano depois de Álvaro, em 2006, e é o diretor da companhia Faces & Disfarces.

Os alunos que se destacarem na oficina, irão encenar a peça ‘As aventuras de Alice em um sonho de uma noite de verão’.

“A peça é uma adaptação feita pelo David sobre as histórias de duas obras de sucesso mundial: o livro ‘As aventuras de Alice no país das maravilhas’, de Lewis Carroll; e a peça ‘Sonho de uma noite de verão’, de Shakespeare”, adiantou.

Uma segunda oficina

A história escrita por Carroll, cujo livro foi publicado em 1865 é, na realidade, uma metáfora para o modo inocente como as crianças vivem e interagem com o mundo e as suas regras arbitrárias, muitas vezes cruéis e injustas. O desafio de Alice é crescer, e embarcar na aventura da sua própria vida. Já a peça de Shakespeare, escrita em meados de 1590, conta a história de seres mitológicos e fantásticos da antiga Grécia. Tudo começa quando Egeu quer obrigar a sua filha Hérmia a casar com Demétrio, um homem que ela não ama. Mas não é um drama, ao contrário, é considerada a maior comédia escrita pelo genial autor inglês.

“A peça ‘As aventuras de Alice em um sonho de uma noite de verão’ será dirigida pelo David e eu farei a produção do espetáculo. Nessa oficina que estamos promovendo agora, disponibilizamos 20 vagas para pessoas de 16 a 28 anos, e todas foram preenchidas. Para a encenação da peça precisaremos de 14 atores, mas quem não for selecionado, não precisa se preocupar, porque a minha peça ‘A galhofa’ será encenada no próximo ano e muitos deles, com certeza, estarão lá”, garantiu Álvaro.

Álvaro avisou que, possivelmente ainda em junho, acontecerá uma segunda edição da oficina ‘Técnicas de interpretação cênica para iniciantes’. Quem não conseguiu se inscrever nesta primeira edição, já pode se inscrever para a próxima pelos 9 9193-2011 e 9 8410-0550.   

“É sempre bom termos um quadro de atores disponível para qualquer eventualidade. Só esta peça tem 14 atores. É muita gente. Se acontece um imprevisto com um, pára tudo, por isso é importante termos vários atores em condições de substituir alguém em qualquer momento”, alertou.

No palco, em agosto

No futuro, quem sabe, atores e atrizes profissionais – Foto: Divulgação

A oficina é para iniciantes e tem a duração de seis horas, com carga horária de 18 horas. Também serão disponibilizadas 20 vagas. As aulas são gratuitas, mas é cobrada uma taxa de inscrição, no valor de R$ 100, para custear o material pedagógico e a certificação.

A peça de David Carlucio será levada ao palco, em agosto, em plataforma digital, em data e local a serem definidos.  

“Qualquer pessoa pode ser ator, ou atriz, independente do grau de timidez. Existem técnicas de ensino com as quais o professor consegue fazer o aluno perder a timidez. Algumas pessoas não têm essa timidez e já chegam encenando com a maior naturalidade. Quanto ao talento, isso é nato. Ou você tem, ou não tem. Aí não tem curso que ensine e o mais tímido dos tímidos, excluída a timidez, pode ser o que tem o maior talento”, ensinou Álvaro.

Também não existe idade para começar a aprender e atuar. A grande atriz Bibi Ferreira estreou no palco com apenas 20 dias de nascida, no colo de sua madrinha, enquanto a também atriz brasileira Hilda Rebello encenou sua primeira peça aos 68 anos e entrou para o Livro dos Recordes, como a pessoa mais velha a estrear no teatro.

Foto/Destaque: Divulgação

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar