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Objetivo é brigar pela integração da RMM

Um dos poucos parlamentares da Aleam (Assembleia Legislativa do Amazonas) a se candidatar a um cargo majoritário no interior do Estado, Francisco Souza está articulando com a coligação PSC/PR/PRP as ações que incluirá no plano de governo para a cidade de Iranduba nestas eleições.
O Jornal do Commercio esteve com o deputado, que falou sobre o impacto positivo causado pela Ponte Rio Negro sobre a cidade de Iranduba e seus potenciais econômicos e turísticos. Souza apostou no desenvolvimento do município por meio da realização da Copa 2014 em Manaus e ainda falou de incentivos fiscais para a Região Metropolitana.

Jornal do Comercio – Quais são hoje os principais problemas enfrentados pelo município de Iranduba?

Francisco Souza – Vamos por pontos. Iranduba hoje é o município mais próximo de Manaus. Com a ponte praticamente se tornou mais um bairro, e essa proximidade que é muito boa, trás alguns efeitos colaterais. Nós estamos recebendo alguns problemas sociais de Manaus, como a expansão populacional e os custos que isso carrega. Como o município é pequeno, nós estamos recebendo encargos novos e pesados para os quais é preciso novos investimentos. Iranduba hoje já precisa de um novo planejamento urbano, precisa fortalecer seus serviços sociais como a educação, a saúde, a segurança pública, a assistência social. Temos também grandes problemas de falta de saneamento básico, problemas ambientais e de infraestrutura para podermos atrair novos investimentos. O município precisa se integrar à Região Metropolitana com um sistema de transporte, que é uma novidade para a próxima administração resolver. E sobretudo criar oportunidades de desenvolvimento com geração de emprego e renda para a população. A ponte abriu um grande portal para o nosso desenvolvimento, mas para que se chegue a ele torna-se necessário uma administração forte, que saiba planejar o município a fim de torná-lo competitivo dentro da Região Metropolitana. A minha proposta de governo é dentro desse foco de transformar o Iranduba num município capaz de assumir uma posição de destaque nessa nova geografia socioeconômica causada pela ponte.

JC – Quais os principais projetos do candidato para a cidade?

Souza – Olha, nós criamos, eu e minha equipe de trabalho, um Plano de Governo com seis eixos temáticos e 20 pontos básicos que abrangem o conjunto de setores sociais e suas respectivas necessidades. Conforme está colocado nesse plano, o foco é o atendimento das necessidades do município, principalmente na busca pela melhoria da qualidade de vida da sua população, dentro de um planejamento de curto, médio e longo prazos. Eu pretendo introduzir algumas inovações na forma de administrar, planejar e executar. Por exemplo: buscar o foco da gestão participativa, criar políticas públicas voltadas para segmentos mais necessitados do amparo do poder público. O mais importante, vamos desenvolver um programa específico para a indústria e comércio, buscando meios para uma gestão integrada com o governo estadual para a implantação de um Polo Industrial no Município e o fortalecimento dos setores comercial e de serviços. Eu sou daqueles que acreditam que só existe desenvolvimento verdadeiro quando o povo, o cidadão tem como ganhar o seu dinheiro e resolver os seus problemas. Para mim, progresso, desenvolvimento, significa o cidadão com dinheiro no bolso.

JC – Quais as propostas para estreitar os laços do município com Manaus e Região Metropolitana ?

Souza – O meu trabalho para que o Iranduba se integre à Região Metropolitana, já começou há algum tempo. E o primeiro resultado é a maior obra já construída na região em todos os tempos: a Ponte Rio Negro. Quando a comunidade começou a lutar pela ponte, eu botei a cara à tapa. Ouvi muita piada, muitos “conselhos” pra desistir antes de ser desmoralizado. Mas fui em frente, “emburrei” mesmo, com a questão da ponte. Conseguimos 120 mil assinaturas pedindo ao governo que construísse a ponte e ela hoje está aí. Ainda nem havia Região Metropolitana e eu já trabalhava pela integração do Iranduba. Daqui pra frente é construir aquilo que tá no meu Plano de Governo.

JC – Como o candidato pretende aproveitar a Copa de 2014 para atrair turistas e investimentos no município?

Souza – Criando condições de infraestrutura, de organização, de atendimento e de serviços. O turista pode até se interessar por atrativos turísticos, mas se não tem boa infraestutura, organização e bom atendimento e serviços ele não vem. Ninguém quer vir para uma cidade desorganizada, com ruas esburacadas, com iluminação precária e serviços de má qualidade. E melhorar isso é uma das tarefas mais importantes de um prefeito.
Senão, a cidade não vai ter como atrair turistas. O nosso Plano de Governo é para organizar e melhorar a cidade e com isso tornar Iranduba um novo polo de atração para os investidores. Se houver investimentos, o turista vai chegar. O turista até aceita pagar preços caros, desde que ele seja bem hospedado, tenha bom atendimento e desfrute de bons atrativos.

JC – Queria também que o deputado falasse um pouco sobre a construção da ponte sobre o Solimões.

Souza – Esse é um projeto que ainda está em fase de embrião, creio que não é para ser discutido agora. O mais importante agora em relação ao Iranduba é debatermos e apresentarmos propostas mais urgentes, integradas e possíveis de ser viabilizadas por meio de políticas públicas factíveis e participativas, inclusive pelas iniciativas privadas ou parcerias público-privadas. Eu, particularmente, sou a favor da nova ponte, pela integração que ela vai promover com o resto do país. Mas eu vejo que até agora nem sequer começamos a planejar a integração efetiva da Região Metropolitana com a ponte Rio Negro.

JC – Como o candidato enxerga a possibilidade da criação da Zona Franca da Região Metropolitana?

Souza – Isso já foi acertado com a presidente Dilma e agora só depende da tramitação no Congresso Nacional. Mas nós não podemos ficar de braços cruzados esperando que seja decidido lá para, só então, começarmos a trabalhar aqui. Temos de preparar o município para esse novo evento econômico. Até hoje nenhum município da Região Metropolitana está se preparando para essa mudança. E essa vai ser uma das tarefas prioritárias desde o meu primeiro dia de governo. Se Deus quiser, eu vou assumir a prefeitura de Iranduba já com um planejamento macroeconômico pronto para iniciar, imediatamente, as mudanças necessárias para que, quando a lei for aprovada, nós já estejamos aptos para dizer: pode vir as indústrias que nós estamos prontos para recebê-las.

JC – Qual a importância de Iranduba hoje para o Estado do AM?

Souza – Olha, todos os municípios são importantes dentro da organização geográfica, política, social e econômica do Amazonas. Mas o Iranduba já começa a despontar com duas vertentes. Primeiro, hoje já somos o município mais diretamente integrado a Manaus. A distância hoje é a travessia da ponte, que dura quatro, cinco minutos. Com isso também começamos a abastecer Manaus com nossos produtos hortigranjeiros de uma forma cada vez mais forte.
Segundo, o Iranduba vai se tornar em breve, com a implantação da Cidade Universitária da UEA, o maior centro de produção da elite intelectual amazonense. Terceiro, pela proximidade e pela produção de capital intelectual que vamos possuir, o Iranduba não tem como não se tornar o caminho lógico para a expansão do Pólo Industrial de Manaus.
Agora, a população precisa entender que para fazer essas conquistas se transformarem em desenvolvimento e progresso é preciso ter alguém que saiba administrar com seriedade e competência. Se deixarmos as coisas correrem à própria sorte, o Iranduba vai continuar no atraso em que se encontra, por muitos anos mais.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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