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OAB vê ‘traços de fascismo’ em manifestação nas ruas do Leblon

O presidente da OAB do Rio, Felipe Santa Cruz, afirmou ver “traços de fascismo” nas manifestações que terminaram em depredações no Leblon (zona sul). Ele afirmou que falta à polícia preparo para prender os responsáveis pelos crimes.
“O que temos visto e lido nas últimas horas tem um caráter autoritário, fascista que desconsidera por completo o processo democrático brasileiro. As instituições estão funcionando normalmente. A Justiça, o Ministério Público, a Defensoria, a democracia se renovando a cada dois anos. O país tem funcionado normalmente e não autoriza que os brasileiros simplesmente chamem pela internet a queima de um palácio, o cerco de um palácio, um ataque às forças policiais. Não autoriza que o país entenda que é cabível que se cerque um policial, um trabalhador há um mês sem dormir, e ataque com pedras. São grupos que se organizam a cada manifestação com mais sofisticação”, disse Santa Cruz.
A OAB tem acompanhado todas as manifestações no Rio desde o dia 17, que reuniu cerca de 100 mil pessoas no centro da cidade. A entidade faz atendimento voluntário nas delegacias para liberar pessoas presas durante os protestos.
Segundo o presidente da Ordem, há grupos organizados pela internet que saem com o objetivo de incitar o conflito com a polícia.
“Ninguém tem direito de sequestrar a população brasileira, uma noite ou um minuto que seja. Grupos saem, desde o início da manifestação, tensionando esse conflito. Queremos a detenção daqueles que estão lá com os rostos cobertos, coquetel molotov, vestidos com proteções, numa atitude fascista inclusive para descaracterizar a própria manifestação. Queremos o esclarecimento de quem são essas pessoas”, disse ele.
O procurador-geral de Justiça, Marfan Martins Vieira, afirmou que a manifestação ocorrida no Leblon é diferente das que lotaram as ruas do centro da cidade no mês passado. Para ele, “o que se viu ontem foi um verdadeiro passeio pelo Código Penal”.
“Os movimentos que estão acontecendo no Rio, e especialmente na noite de ontem, são atentatórios à ordem jurídica e ao regime democrático. Quero fazer uma distinção entre os movimentos legítimos e populares que aconteceram no início de junho com atuações isoladas.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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