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O que nos reserva a nova cepa?

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz, a nova variante da covid-19, conhecida como P.1, já foi identificada em 91% do sequenciamento de 250 genomas do vírus no estado de Amazonas, sendo 177 de Manaus e 73 de outros municípios, até o dia 13 de janeiro de 2021.

Pouco se sabe, no entanto, sobre a nova cepa. Ainda não é conhecido, por exemplo, o quão a nova variante é responsável pelo quadro sanitário de Manaus que se agravou expressivamente na segunda quinzena de janeiro, quando 31 pacientes morreram por falta de oxigênio, entre os dias 14 e 15, de acordo com dados do Ministério Público de Contas do Amazonas. 

O que se sabe até o momento é que a variante apresenta uma expressiva quantidade de mutações acumuladas no código genético em um período curto de tempo.

No entanto, essa variante descoberta no Japão chama muita atenção, assim como as variantes inglesa e africana, porque acumularam muitas mutações em pouco tempo, acima do que a gente estava vendo até o momento.

A principal diferença é uma mutação na proteína pai do vírus, conhecida como proteína spike, que faz a interação inicial com a célula humana. “Isso chama bastante a atenção”, ressalta. Nesse sentido, há suspeitas de que a nova variante seja transmitida com mais facilidade, mas não há nenhum dado que comprove a ligação com doenças mais graves.

A nova cepa já circula, oficialmente, em seis estados brasileiros: Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Roraima, Pará e Sergipe.

A Organização Mundial da Saúde, em um relatório publicado no fim de janeiro, apontou para a necessidade de mais estudos sobre essa mutação do vírus, demonstrando preocupação com a propagação acelerada no Brasil. 

Nas palavras do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em entrevista à TV Cultura, a variante do vírus descoberta em Manaus pode provocar uma mega epidemia até março.  

Com os números caindo no Amazonas, mas subindo no restante do país, veremos nos próximos dias o que esta nova cepa nos reserva.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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