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“O jogo é pesado”, diz a oposição

O papel da oposição ao Executivo dentro das Casas Legislativas nacionais anda diminuído pela força esmagadora dos partidos que estão no poder. Enquanto os partidos de situação seguem atraindo legendas em troca de cargos e isolando, cada vez mais, os adversários dentro das casas, os partidos de oposição tentam se articular para conseguir volume de parlamentares para obstruir votações, negociar sentenças e tentar emplacar projetos.
Hoje, tanto o governo do Estado quanto a Prefeitura Municipal de Manaus contam com a maioria nas Casas Legislativas. Em Manaus, contra as coligações que estão no poder, estão PSDB, DEM, PPS, PSB e PTB. O Jornal do Commercio convidou parlamentares da CMM (Câmara Municipal de Manaus) para comentar as dificuldades que a oposição ao Executivo Municipal vem enfrentando atualmente, em Manaus. Além de estar em desvantagem em número de parlamentares, a oposição, muitas vezes não chega a um consenso e, por conta das divergências, acaba sendo ‘engolida’ pelo Executivo.

“A oposição se vira como pode. O prefeito tem nas mãos 31 dos 38 vereadores. Sete estão de fora, e desses cinco são realmente independentes.
O jogo é pesado. Aprova-se tudo. Os projetos do Executivo são aprovados até mesmo com erros de português. Não é mexido nem uma vírgula quando o assunto é orçamento. Ou seja, nós estamos pressionados e os projetos vão passando.
Outro exemplo disso é a CPI das Água, que tem seis dos seus sete membros ligados ou a Amazonino, ou Braga, Alfredo e Serafim, que são os alvos da investigação. O único independente é Waldemir José, do PT, que não tem força para tocar a investigação sozinho. Esta CPI já nasceu morta! Liderados investigando os líderes? Isso não existe!”

Vereador Mário Frota

“Numericamente nós somos poucos. A oposição na Câmara Municipal está reduzida hoje, infelizmente, há um número reduzido de vereadores, mas a gente tem procurado, na medida do possível, defender os interesses da cidade. Eu, particularmente tenho me esforçado para denunciar todas aquelas ações que eu considero prejudiciais à cidade de Manaus, como denunciei a questão do lixo.”

Vereadora Lúcia Antony,

“A oposição, na verdade, não é uma só. Temos uma ampla gama de posicionamentos e vertentes do que pode ser considerada oposição, como o caso do vereador Hissa Abrahão, que se diz de esquerda, mas vota, sistematicamente, a favor do prefeito. Temos também alguns com o perfil fiscalizador, que conseguem fazer alguma diferença dentro da Câmara. Particularmente, a minha atuação é pautada no que eu considero correto. Eu luto pelo o que eu acredito que a população lutaria se estivesse no meu lugar.”

Vereador Waldemir José

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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