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O Governo do Amazonas e o Planejamento Econômico – 1

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No momento atual, acreditam os economistas macroeconômicos e pesquisadores do Desenvolvimento Regional inexiste instrumento específico de transferência de recursos públicos federais com finalidade específica de realizar projetos de desenvolvimento regional no Estado do Amazonas. No entanto reconhecem que exista um direito ao desenvolvimento regional, como direito fundamental, que impõe ao Estado o dever de tomar medidas desenvolvimentistas para aquelas áreas e sub-regiões estagnadas e degradadas economicamente.

Também, acreditam que, após 52 anos de implementação do projeto Zona Franca de Manaus (ZFM) e seu Polo Industrial, como o único pilar que surtiu efeito econômico preconizado originalmente, existam competências, habilidades, conhecimentos, tecnologias e pesquisas capazes que fomentar programas e projetos que aproveitem, na racionalidade econômica, os potenciais naturais do Amazonas, assim como, exista uma força regional com vontade e atitude de mudança na sociedade amazonense, pois esse povo, diferentemente dos governantes, não são temporais, ou uma questão política partidária, mas exigem um trabalho verdadeiro a favor da inovação na gestão pública, na formulação de um Planejamento Econômico Estratégico para o Amazonas, no qual seja possível a realização e elaboração de programas e projetos de um novo Desenvolvimento Econômico Regional para o Estado, de modelagem endógena que resgate a dignidade dos amazonenses.

Os economistas e pesquisadores do Clube de Economia da Amazônia (CEA) são favoráveis que o governo estadual possa incluir nesse Planejamento o dinamismo de um tecido empresarial diversificado, inovador e arrojado, com reforçadas perspectivas de sucesso ao ritmo de uma força endógena que seja sustentável na utilização dos potenciais regionais. Por outro lado, se identifica uma efervescência  e o espírito empreendedor de uma juventude nascida na era da tecnologia que não se resigna e quer participar ativamente no desenvolvimento de novos projetos e novos produtos, as startup, em prol da melhoria de vida da sociedade.

Também, o pessoal do CEA identifica certo inconformismo geral, haja vista, o Amazonas possuir inúmeros potenciais de recursos naturais e nada se fez para aproveitá-los na racionalidade econômica, na produção de novos produtos de maior valor agregado, pois se tem um patrimônio rico, físico e imaterial, dádiva  de um bioma sem igual no mundo.

Portanto, assim, diante desses condicionantes e de constrangimentos inerentes à situação econômica que os Municípios amazonenses convivem, se conclama que o agente governo estadual assuma o protagonismo ativo e cooperativo com outras Instituições da administração direta, Intitutos de pesquisas, UFAM, UEA, para estabelecer as diversas áreas de atuação dentro de um Planejamento Econômico Estratégico, formalizando um trabalho a ser desenvolvido com a colaboração e a visão integrada de diversas entidades e profissionais técnicos que venham a pensar um território de possibilidades econômicas, estratégias, conhecimentos e inovações tecnológicas, com prioridades decisórias, que permita a implementação de programas e projetos para Desenvolvimento Econômico de forma endógena e, que se crie a projeção de um futuro melhor.

Como se sabe, essa década que avança no século XXI, a constante nesses tempos são mudanças de paradigma no desenvolvimento econômico do Amazonas, enfrentar os desafios e desenvolver propostas consistentes que se coadune à realidade atual, da qual faça parte o Plano Estratégico Econômico voltado aos processos do Desenvolvimento Econômico Endógeno. Para os economistas macroeconômicos o Desenvolvimento Econômico Regional tem por finalidade fomentar a criação de emprego, incentivar o investimento produtivo direto, nacional e estrangeiro, sustentável, a geração e distribuição da riqueza gerada, respeitar e utilizar os conhecimentos tradicionais e a cultura local, dinamizar o comércio, e melhorar a qualidade de vida das populações locais.

O que se considera investimento sustentável é aquele que cria empregos e proporciona a qualidade de vida às populações envolvidas, sendo que as áreas ou regiões locais (as nove sub-regiões do Amazonas) as quais serão aportados os investimentos cabe aos investidores e todos serão bem recebidos no Amazonas. Entretanto, o que se pretende em um Planejamento Estratégico Econômico, como  importante é a identificação das áreas prioritários (recursos de flora, recursos de fauna, minerais, turismo, etc) que resulte em extensa e criteriosa análise desses recursos naturais e das competências comparáveis/competitivas do Amazonas que formam a base da sua diferenciação no mercado nacional e internacional. Assim sendo, o Desenvolvimento Econômico Regional remete a ações de governo destinadas a estimular o desenvolvimento em  sub-regiões do Amazonas onde indicadores de desempenho econômico se mostram em baixa, comparativamente o centro dinâmico, como a cidade de Manaus e/ou a média nacional.

Contudo, aqui no Amazonas, não podemos perder de vista, as desigualdades intraregionais que não se expressam apenas por disparidades econômicas, em termos de valor agregado e da capacidade produtiva, mas indicam diferenças flagrantes no acesso a serviços públicos (saúde, educação, segurança, saneamento), sem oportunidades em inovação, pesquisa e tecnologia, na precariedade em infraestrutura econômica – estradas vicinais, transportes, telecomunicações, energia – e em oportunidades de inserção no mercado de trabalho de seu capital humano.

*Nilson Pimentel é economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected].

Nilson Pimentel

Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]
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