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Novos empreendedores mudam profisssão

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Mudança de atividade vem se intensificando por conta do empreendedorismo nacional

A decisão de abrir um negócio próprio, independentemente do tamanho ou do capital investido, sempre vem acompanhada de um certo receio pelos desafios que serão enfrentados.
Esse receio aumenta ainda mais se o empreendimento for a única perspectiva de renda do empreendedor daquele momento em diante. O que dizer então daqueles que estão nesse processo e ainda por cima darão uma verdadeira guinada em suas carreiras? Apesar de a mudança de atividade profissional ser corriqueira para muitos que abrem seu próprio negócio, ela vem se intensificando nos últimos anos. Para alguns, excelentes oportunidades surgiram à frente e foram agarradas para sempre, enquanto para outros a necessidade de ter uma fonte de renda fez do negócio próprio a única alternativa.
Jornalista dono de bar, consultor financeiro vendendo óculos e engenheiro dono de site de vendas são alguns exemplos de verdadeiras guinadas na carreira de profissionais que se arriscaram em seus negócios próprios e passaram a viver desses empreendimentos. O Brasil é um dos países no mundo em que o empreendedorismo tem um forte papel de destaque. De acordo com a pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor), feita aqui pelo Sebrae e pelo IBQP (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade), a cada dez brasileiros adultos entre 18 e 64 anos, três possuem empresa própria ou se encontram em processo de abertura de um negócio próprio.
A pesquisa destaca ainda que, em dez anos, a taxa total de empreendedorismo no Brasil aumentou de 23% em 2004 para 34,5% no ano passado. Metade desses empreendedores abriu seus negócios há menos de três anos e meio. O maior número de empresas abertas nesse período, e, principalmente neste ano, é de MEIs (microempreendedores individuais). Esse movimento, em parte, pode ser explicado pela migração de trabalhadores com vínculo formal para novos empreendedores.
De acordo com o economista Luiz Rabi, da Serasa Experian, o aumento expressivo de microempreendedores pode ser explicado pela crise econômica do país. Rabi destaca que o percentual médio mensal de abertura de MEIs em 2014 foi em torno de 7%. “Em maio e junho, esse aumento ficou em cerca de 15% para cada mês. Esta elevação coincide com o aumento do desemprego”, ressalta ele. Rabi afirma ainda que a abertura de outros tipos de empresa, de maior porte, está em queda, o que reforça a tese de pessoas desempregadas procurando montar seus próprios negócios.
Embora tudo leve a crer que haja essa motivação, ressalta Rabi, não há como afirmar com total certeza se esse aumento se deve mesmo ao maior número de desempregados no mercado de trabalho. Segundo Rabi, é perceptível a procura por algumas áreas, como, por exemplo, alimentação, venda de cosméticos, reparo e manutenção. A maior procura por essas atividades, afirma Rabi, se deve ao fato de não haver necessidade de uma alta capacitação. No entanto, ele alerta que muitos microempreendedores podem estar criando empresas em áreas onde não possuem o conhecimento necessário para levar adiante o negócio, e nesses casos o fracasso é certo.
No primeiro semestre de 2015, São Paulo apresentou o maior número de abertura de novas empresas, no total de 320.342, o que representou 27,3% do total no país; em seguida vem Minas Gerais, com 128.197 novos empreendimentos e participação de 10,8% no total; em terceiro está o Rio de Janeiro, que teve abertura de 122.808 novos empreendimentos, com 10,4% do total; seguido do Paraná, com 76.253, o que representa 6,4%; e em quinto lugar vem o Rio Grande do Sul, com 71.081 novas empresas no período, com 6% do total.
Já por regiões, o Sudeste lidera o ranking de nascimento de empresas, com 502.712 novos negócios abertos no período, seguido da região Nordeste, com 178.072. Em terceiro lugar está a região Sul, com 164.701 novas empresas. O Centro-Oeste registrou a abertura de 93.800 empresas e, por fim, a região Norte, com 178.072 novos empreendimentos inaugurados.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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