Com espessura variável entre 0,3 e 0,5 milímetros, as lentes de contato em porcelana estão se disseminando nos consultórios odontológicos do País. Idealizadas para fins estéticos, essas facetas extrafinas são cimentadas sobre a parte frontal do dente sem anestesia, com pouco ou nenhum desgaste do esmalte, para corrigir pequenas imperfeições como dentes espaçados, quebrados, desalinhados, desgastados e com sinais de envelhecimento.
“Assim como a lente de contato ocular fica invisível no olho, a lente de contato dental se une ao dente de tal forma que é difícil detectá-la”, afirma o cirurgião-dentista Victor Clavijo, mestre e doutor em Dentística Restauradora pela UNESP, que vai falar sobre o tema no Ciosp 2013, realizado de 31 de janeiro a 3 de fevereiro pela APCD – Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas, no Expo Center Norte, em São Paulo.
Resistentes
As primeiras lentes de contato foram desenvolvidas em 1985 nos Estados Unidos pelo cirurgião-dentista John R. Calamia. Problemas envolvendo as técnicas e materiais de adesão aos dentes provocaram muitas fraturas e casos de inflamação gengival persistentes, que desestimularam o emprego dessa restauração.
A técnica só foi retomada no final dos anos 90 com o surgimento de cerâmicas que aumentam a resistência das facetas, como as cerâmicas feldspáticas aluminizadas e as injetadas a base de dissilicato de lítio. “Hoje no Brasil, a grande maioria dos protéticos consegue fazer uma lente de contato a partir dessas cerâmicas”, diz Victor Clavijo.
Para o especialista, a popularização da técnica resulta do fato de os cirurgiões-dentistas terem, atualmente, mais acesso à informação sobre as lentes de contato, através da internet, cursos e publicações. Por outro lado, os pacientes sentem-se atraídos em colocar uma faceta que, em boa parte dos casos, dispensa anestesia e desgaste do esmalte dos dentes.
Victor Clavijo ressalta que a aplicação das lentes de contato é bem-sucedida quando obedece indicações precisas. “Ela é contraindicada para dentes escurecidos, muito mal posicionados ou que estão muito para frente”, afirma.
O tratamento é feito em três etapas. Na primeira, o cirurgião-dentista faz fotos e a moldagem dos dentes do paciente. Em seu laboratório, o protético faz testes para avaliar a viabilidade de colocar ou não a restauração cerâmica. Em caso positivo, o cirurgião-dentista realiza uma simulação, por meio da técnica de mock-up (maquete, em inglês), permitindo ao paciente vislumbrar como seu sorriso vai ficar com a faceta. Se for autorizado, o cirurgião-dentista faz nova moldagem que é enviada para o protético para a realização do trabalho final.
NOVIDADE – Lentes de contato dentais se tornam populares no mercado brasileiro
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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