Na Austrália, cientistas da Universidade RMIT, na cidade de Melbourne, anunciaram a criação de uma pele artificial capaz de sentir dor, pressão e temperatura. O material, que recria as características de uma pele real, envia sinais elétricos ao cérebro através das vias neurais.
De acordo com os cientistas criadores do projeto, o objetivo principal é conseguir transmitir sensações táteis em próteses de braços e pernas, ajudando na substituição de enxertos de pele reais por materiais artificiais. Madhu Bhaskaran, um dos autores do estudo, conta que nós estamos sentindo coisas através da pele o tempo todo, mas que a nossa resposta à dor apenas entra em ação quando necessário, quando tocamos algo muito quente, por exemplo.
“Nenhuma tecnologia eletrônica foi capaz de imitar uma sensação de dor humana de forma tão realista — até agora. Nossa pele artificial reage instantaneamento quando a pressão, o calor ou o frio atingem um limite doloroso”, conta o cientista. O projeto envolveu a criação de três diferentes dispositivos: um que detecta a pressão, um a temperatura e outro a dor.
Os pesquisadores usaram materiais óxidos combinados com silicone, que possibilitou a criação de algo que pode ser dobrado e flexionado sem quebrar, além de um revestimento sensível à temperatura. Então, com a ajuda de células de memória semelhantes ao cérebro, foi possível decidir como processar os dados sensoriais e enviar os sinais corretos quando os limites são atingidos.
Google lança ferramenta que identifica o motivo de uma empresa ter te ligado
O Google anunciou nesta terça-feira (8) uma nova ferramenta que vai ajudar os usuários a descobrirem o motivo de uma eventual ligação de uma empresa antes mesmo de aceitá-la. A função faz parte do app Telefone, disponível para dispositivos Android, inicialmente para usuários de Brasil, Espanha, Índia, México e Estados Unidos.
Em comunicado, o Google afirmou que a ferramenta estava em testes há alguns meses e os primeiros resultados indicaram um aumento na probabilidade de alguém atender a uma chamada — quem nunca recusou uma ligação de um número desconhecido justamente por não saber do que se trata, não é?
O recurso funciona assim: quando o Google identificar uma empresa que está ligando para você, o aplicativo vai exibir nome, número e logotipo do estabelecimento, além do motivo da chamada e um símbolo de verificação. Segundo a empresa, a ferramenta é ideal para bancos alertarem seus clientes sobre possíveis transações fraudulentas e serviços de entrega de alimentos ou logística.
O app Telefone está disponível para alguns smartphones na Play Store e nativamente em aparelhos da linha Google Pixel. A empresa afirmou que mais dispositivos Android terão suporte ao aplicativo nas próximas semanas.
Reator solar gera combustível limpo com luz solar, CO2 e água
Pesquisadores desenvolveram um aparelho autônomo capaz de converter a luz solar, dióxido de carbono (CO2) e água em um combustível neutro em carbono, sem a necessidade de nenhum componente adicional, nem mesmo eletricidade.
O reator representa um passo significativo para chegar à fotossíntese artificial, um processo que imita a capacidade das plantas de converter a luz solar em energia.
Usar energia solar para converter dióxido de carbono em combustível é uma maneira promissora de reduzir as emissões de carbono e substituir os combustíveis fósseis. No entanto, tem-se mostrado difícil produzir esses combustíveis limpos sem subprodutos indesejados.
Quem descobriu um caminho para isso foi a pesquisadora Qian Wang, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Wang construiu uma espécie de “folha artificial”, uma pequena placa que coleta a energia solar e a utiliza para converter CO2 e água em oxigênio e ácido fórmico – um combustível armazenável que pode ser usado diretamente ou convertido em hidrogênio.
É uma técnica nova e que, segundo a equipe, tem potencial para ser escalonada, podendo ser usada em “fazendas de energia” semelhantes às fazendas solares, produzindo combustível limpo.