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Novas modalidades do Pix são bem-vindas

Estabelecimentos comerciais em todo país passam a contar com duas novas modalidades do Pix.  Nos serviços Pix Saque e Pix Troco, que entraram em vigor na segunda-feira (30),  o usuário terá a possibilidade de retirar dinheiro em espécie, correspondendo ao valor da transação Pix efetuada. O uso das novas transações é opcional. No Pix Troco, o valor entregue ao cidadão será a diferença entre o valor do total do Pix e o valor da compra realizada. No Pix Troco, o valor entregue ao usuário será a diferença entre o valor do total do Pix e o valor da compra realizada.

Wagner Martin, diretor de desenvolvimento de negócios da Veritran, empresa que oferece Plataforma Enterprise Low-Code, que acelera e simplifica o desenvolvimento de canais digitais imersivos, e criam uma experiência para transações mais seguras, garante que as novas modalidades  são bem-vindas para o mercado, porque faz com que as pessoas cada vez mas se insiram na digitalização bancária, tendo o app como instrumento para obter dinheiro de forma rápida e fácil, sem grandes deslocamentos e ainda atraindo público ao comércio que pode utilizar tal fluxo para conversão de vendas. “A operação fica mais segura, elimina pontos na cadeia de entesouramento de cédulas bancárias e faz com que o recurso seja mais acessível a todos”. 

De acordo com o especialista, trata-se de um sistema que é todo desenhado para o canal mobile e digital. “É um caminho para o Real Digital, pois estimula a digitalização e gera economia de tempo e recursos para todos”. Segundo ele,  o Pix Saque e o Pix Troco devem atrair clientes para dentro das lojas, o que vai estimular o consumo. “Para o comerciante é um bom negócio, pois vai facilitar a distribuição de dinheiro, descentralizando, sem precisar dos recursos do entesouramento. O lojista que disponibilizar os serviços receberá ainda de R$ 0,25 a R$ 0,95 por operação”. 

Com as novas transações haverá mais mobilidade financeira e facilidade e rapidez nos pagamentos. “Você não precisa mais de um caixa eletrônico para ter dinheiro e, agora, não precisa nem mesmo entrar no aplicativo do seu banco no celular para pagar uma conta. No próprio site do iniciador de pagamento já é permitido efetuar pagamentos sem acessar o banco. O Pix já permite isso. É tudo direto”, explica. 

Como o volume de  adesão ao Pix está vindo rapidamente, Martin acredita que no início de 2022 a adesão já estará assimilada. “Todos já poderão fazer saque e usar o troco através de um QR Code, vai passar a fazer parte do cotidiano, assim como o Pix já é uma realidade. As pessoas e o varejo vão continuar com essa cadeia de comércio, mas não precisa mais da centralização da obtenção de dinheiro com caixas eletrônicos”. Ele acrescenta que a mobilidade financeira é saber que se tenha estabelecimentos abertos e saber que haverá cada vez menos recursos em carteira, se preocupando menos com segurança. “Da instantaneidade para o dinheiro”. 

Entenda

Com o Pix Saque o cliente chega num estabelecimento e faz um Pix para essa loja, como se estivesse comprando algum item. A atendente então pegará o mesmo valor do Pix em dinheiro vivo no caixa e dará ao cliente. Na modalidade Troco, a transação é bem parecida, mas aqui o cliente faz uma compra e um saque na mesma transação. Por exemplo: ao pagar por um produto de R$ 150, ele faz um Pix em um valor maior, de R$ 200, e retira a diferença (R$ 50) em espécie. Isso evitaria uma ida ao banco para sacar R$ 50 em caixas eletrônicos. É justamente a possibilidade de retirada de dinheiro em estabelecimentos comuns que deve ser bastante utilizada em cidades mais afastadas, onde não há tantas agências bancárias e caixas eletrônicos, e institucionaliza uma prática que já é comum no Brasil. E, mesmo nas grandes regiões, acredito que também terá uma aceitação positiva, uma vez que será mais uma opção de saque. O próprio mercado vai fazer as pessoas adotarem esse modelo com o tempo. A facilidade de encontrar dinheiro físico vai fazer com que a pessoa não ande mais com tantas cédulas no bolso.

Limite

Matéria da Agência Brasil destaca sobre o limite máximo das transações do Pix Saque e do Pix Troco será de R$ 500,00 durante o dia, e de R$ 100,00 no período noturno (das 20h às 6h). De acordo com o BC, haverá, no entanto, liberdade para que os ofertantes dos novos produtos do Pix trabalhem com limites inferiores a esses valores, caso considerem mais adequado aos seus fins.

Tarifas

De acordo com o BC, não haverá cobrança de tarifas para clientes pessoas naturais (pessoas físicas e microempreendedores individuais) por parte da instituição detentora da conta de depósitos ou da conta de pagamento pré-paga para a realização do Pix Saque ou do Pix Troco em até oito transações mensais. A partir da nona transação realizada por mês, as instituições financeiras ou de pagamentos detentoras da conta do usuário pagador podem cobrar uma tarifa pela transação.

O valor da tarifa cobrada é de livre estabelecimento pela instituição e deve ser informado ao usuário pagador antes da etapa de confirmação da transação. “Os usuários nunca poderão ser cobrados diretamente pelos agentes de saque”, destacou a instituição.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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