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Nova linha da Caixa estimula mercado imobiliário em Manaus

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Nova linha de financiamento imobiliário da CEF (Caixa Econômica Federal), vai estimular concorrência no mercado e facilitar acesso de clientes ao crédito habitacional com parcelas baixas. A modalidade anunciada na terça-feira (21), vai trazer uma taxa de 4,95% do valor financiado mais correção do IPCA ( Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Segundo o diretor da comissão da indústria imobiliária da Ademi-AM (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário no Estado do Amazonas), Henrique Medina,  o anúncio vem no momento onde o mercado imobiliário começa a apresentar números significativos em vendas de produtos convencionais, que são financiados pelos fundo de poupança, ou SBPE( Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).

“O mercado vem apresentando um momento gradual e significativo de vendas. E em Manaus o mercado começa a absorver o restinho de estoques de produtos convencionais que estavam sendo ofertados e até o lançamento de novos produtos no segundo semestre”, disse.

Para Medina, o novo programa lançado pela Caixa traz aspectos positivos tanto para as incorporadoras como para quem deseja adquirir um imóvel. Ele ressaltou ainda, que o atual movimento de inflação baixa, com o viés de baixa na taxa Selic – que está de 6%-  os bancos se movimentam para apresentar uma condição diferenciada para o consumidor.

“Existem vários aspectos a serem pontuados. Primeiro a redução dos juros com IPCA de 2,95% quando o cliente é funcionário público e quando tem relacionamento com a Caixa. Para quem não é cliente a redução pode chegar até 4,95%. O mercado ver com bons olhos o fato de haver a redução das taxas de juros, além disso, o fato da Caixa que detém 70% do mercado imobiliário do Brasil, estimula os bancos privados a se movimentarem”, disse.

Para o empresário Marco Bolognese, qualquer mudança que aconteça no mercado, menor que seja, já movimenta e aquece todo o cenário surgindo novas possibilidades para venda. Ele afirma, que a nova modalidade aumenta a base de novos clientes e possibilita a concorrência dos bancos. “Acredito que venha coisas novas dos bancos privados. Essa possibilidade que a Caixa deu de financiar um imóvel via IPCA vai diminuir a possibilidade de renda do cliente, muita gente que está no mercado hoje e não tinha renda suficiente agora vai ter. É um passo importante. Nesse mercado sabemos que um mínimo de mudança já causa um grande impacto, vejo como algo bom essa nova modalidade. São pequenos detalhes que estimulam”, afirma.

No mesmo dia do lançamento do novo modelo da Caixa, o Banco do Brasil divulgou novas medidas para quem deseja adquirir um imóvel. Quanto menor o financiamento, menor a taxa de juros. Para Henrique, essa mobilidade gera uma atmosfera positiva para o mercado, que estimula outros bancos a contrapor as condições colocadas pela Caixa.

“Já conversamos com alguns bancos que já estão fazendo algumas propostas atrelados ao IPCA ou não. O Banco do Brasil, no mesmo dia, apresentou um novo modelo de financiamento que não está atrelado à inflação, mas a uma condição de juros baixa que vai a partir de 7,97% mas TR (Taxa Referencial), uma condição de juros muito interessante. Isso para o mercado é muito importante”, explicou. 

Contrapontos

Apesar da flexibilidade do novo plano da Caixa, Medina ressaltou algumas contrapartidas oferecida por ela,  principalmente em relação ao comprometimento de um percentual do salário de quem deseja financiar. No antigo modelo a primeira parcela nunca poderia exceder 30% da renda familiar, com o novo o valor cai para 20%.

“O que a Caixa quer dizer com isso? Ela reduz o juros e atrela à inflação, mas reduz o prazo e a probabilidade do cliente que tomou o crédito de se comprometer, e eventualmente ficar inadimplente. Isso é um tipo de cuidado que a Caixa está tendo para que o cliente não se endivide, caso a inflação venha a aumentar, que inclusive que é o maior risco desse novo plano lançado pela Caixa. A partir do momento que a inflação do país aumenta a prestação pode aumentar”, explica. 

Segundo a correspondente bancária da Caixa, Cicera Solange de Souza, que apesar de possibilitar o aumento de lastro com novas fontes de recursos, além da  poupança e empréstimos, é importante que o cliente seja bem esclarecido de que havendo desconforto na economia e a inflação fique fora de controle, as parcelas podem aumentar. 

“Do ponto de vista do negócio o sistema é muito interessante para operações de curto prazo. A longo prazo é preciso avaliar bem o risco que deseja correr. Agora temos produto para todos os bolsos  e tipo de público. Os consultores de venda, no entanto, precisam se atualizar para enquadrar o cliente de acordo com seu perfil e condições. Muito mais que antes, é necessário que agora, a venda seja realizada de forma personalizada”, explicou.

Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, o valor do financiamento pode ser reduzido até pela metade, porém os valores serão corrigidos mensalmente, prestação a prestação, conforme o IPCA mais recente. Mas, caso o cliente não queira correr risco, ele poderá continuar no sistema financiamento TR (Taxa Referencial), para realizar seu financiamento.

“Se o cliente tiver esse receio, ele pode continuar com TR. Exatamente por causa disso, um componente do IPCA mais volátil, que a gente reduziu tanto, para 4,95%”, explicou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

 

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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