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Nova coleção de ecojoias valoriza o lado artístico

A produtora e artista visual Michele Moraes acaba de lançar mais uma coleção de ecojoias, sua especialidade, a ‘Cy Terra Amazônia’.

“Desde os primeiros acessórios que eu criei, em 2008, para a coleção PetInox de Ecojoias, a Amazônia já havia se tornado uma das principais fontes de inspiração para mim e deve continuar sendo introduzida no meu processo criativo. Sei da importância para o planeta Terra e sinto que ela faz parte de todo o meu referencial, não só enquanto artista, mas como pessoa que desfruta dessa terra”, falou.

Pesquisando, Michelle descobriu que em tupi guarani cy significa mãe, trazendo consigo todos esses sentimentos maternos de fertilidade, abundância, força, feminilidade, acolhimento. Ela tem status de divindade para os indígenas e a produtora se identificou com a força feminina dessa palavra.

“Com isso veio o título ‘Cy Terra Amazônia’, uma coleção inspirada nesse imaginário femininino e nas referências dessa região riquíssima. Para o artista, a Amazônia é um prato cheio de referências perceptíveis, seja na flora, na fauna, nas cores, nas paisagens, formas texturas”, disse.

A coleção é formada por mais de 30 peças entre colares, brincos, anéis e braceletes. Durante o processo criativo, Michelle fez um banco de imagens com referências da Amazônia para composição de cores, formas e texturas. São imagens pesquisadas na internet mesmo e outras são fotografias que ela mesma tirou. Têm fotos de flores, folhas, frutas, pássaros, texturas de troncos e galhos, paisagens. 

Michele destaca modelos exclusivos/Crédito: Divulgação

“No caso dos modelos dos acessórios, eu desenhei alguns, mas é durante a modelagem, quando coloco a mão na massa literalmente é que vão surgindo as formas. Esse trabalho artesanal faz com que os modelos sejam exclusivos. Nunca uma peça será igual a outra”, afirmou.

Cerâmica plástica

Desta feita, pela primeira vez, Michelle trabalhou com cerâmica plástica. Ela sempre procura novos materiais para usar.

“Quando me deparei na internet com a cerâmica plástica, vi um mundo de possibilidades criativas na minha frente porque dá pra fazer praticamente tudo, simular texturas naturais  como madeira, bambu e materiais como ferro, pedras. Enfim, um parque de diversões para desenvolver todo o potencial criativo”, revelou.

Polymer clay, assim a cerâmica plástica é conhecida internacionalmente. No Brasil está começando a se tornar popular no meio dos acessórios. Em outros estados já tem muita gente usando esse material, mas em Manaus o produto está começando ainda devagar. “Não encontrei ninguém até agora. A cerâmica plástica que trabalho é de uma empresa brasileira do Sul, a PV Clay”, informou.

Trata-se de uma massa de modelar constituída fundamentalmente do polímero, óleos plastificantes, pigmentos e aditivos atóxicos. Após a modelagem, elas vão ao forno para a cura, um processo de cozimento. A cerâmica plástica é 100% reciclável.

Na falta de materiais como madeira, pedras, metais, a cerâmica plástica pode simular todos eles. Claro, que trabalhar com os materiais de verdade (madeira, metal, sementes, palha) tem um simbolismo diferente, mas na falta de fornecedores, ela cumpre a função. Dependendo das mãos do artista, você fica na dúvida.

“Quando crio os acessórios tenho essa preocupação com a sustentabilidade. Inclusive procuro inserir nas minhas criações o conceito de objeto de arte, porque assim quem as adquire sabe que são peças exclusivas, únicas e duráveis para serem agregadas ao visual do dia a dia e guardadas por muito tempo. E se precisarem, por algum motivo serem descartadas, poderão ser recicladas”, garantiu.

Alma de artista 

Michelle já trabalhou com garrafa pet e outras embalagens plásticas, resíduos de inox e agora com a cerâmica plástica. Ainda quer inserir mais a matéria prima coletada da natureza como sementes, fibras, restos de madeira. Sua busca como artista que tem também formação na área de Comunicação é comunicar algo.

“Não faço acessórios só pensando nos padrões colocados pela moda que é imposta ou simplesmente nas tendências. Crio acessórios que transmitam algo que venha da minha alma de artista. E quem se identificar vai usar”, contou. 

“Acredito que hoje em dia é necessário pensar todas as nossas ações e escolhas dentro de um contexto de maior responsabilidade com o ambiente em que vivemos”, concluiu.

Uma equipe de profissionais atuou na produção do material de divulgação da nova coleção, Assistente de produção Soninha Costa; fotógrafa Adriana de Lima; assistente de fotografia Patrick Holanda; maquiadora Nicole Gomes; modelos Debora Cabral, Natallie Cruz e Rebeca Lima.

Instagram: @michelle_moraesoficial; Face: Michelle Marques de Moraes

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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