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Nota fiscal eletrônica: o meio ambiente agradece

Para as empresas que não foram obrigadas nos últimos tempos a adotarem a Nota Fiscal Eletrônica, resta uma dúvida: por que se adaptar? A ortodoxia predomina em momentos de mudança, mas, neste caso, a inovação no formato das notas pode valer à pena. Não só do ponto de vista dos cofres da sua empresa, que economizaria com impressão e armazenamento, mas também a partir de uma visão mais global, que comporta os efeitos de nossas escolhas empresariais no meio ambiente fragilizado do nosso planeta.
Em artigo, Antônio Carlos Godoi, secretário da Fazenda de Goiás, fez uma conta esclarecedora. Primeiro, Godoi colocou frente a frente os dois formatos da nota: impresso e eletrônico, antigo e novo. O embate resultou na vitória esmagadora do formato eletrônico, já que seis vias emitidas no modelo antigo seriam completamente substituídas pela nota em formato digital, além do Danfe, uma única via impressa da NF-e. Em suas contas, o secretário mostra que 1,25 bilhão de notas deixariam de ser impressas anualmente, ou 75 quilômetros quadrados de papel. Ainda segundo Godoi, economizaríamos 4,2 mil toneladas ao ano, o equivalente a cerca de 85 mil árvores.
O que isso nos mostra? Que a adaptação a Nota se impõe não apenas pelo dinheiro, mas também pela tendência mundial de olhar seu empreendimento de forma mais abrangente, observando os efeitos, benéficos ou não, da sua empresa no planeta. Também devido à consciência social inerente ao cargo de empreendedor na atualidade. Não falamos de um ambientalismo vago e sem nexo, mas sim de um trabalho de adaptação conjunta que resultaria em milhares de árvores salvas, preservadas pelo esforço de adaptação a um novo formato que, mais cedo ou mais tarde, acabaria batendo em sua porta.
Vivemos em uma sociedade movida a dinheiro, por isso, não podemos esquecer deste quesito. Um empresário que realiza transações usando a Nota Fiscal Eletrônica faz respirar os cofres da empresa ao economizar em compra, armazenamento e impressão de papel. São valores aparentemente pequenos, mas que quando colocados na ponta do lápis fazem a diferença no orçamento da companhia. Sem falar que, neste momento de crise, reduções nos gastos são muito bem vindas.
Claro, a nova nota também apresenta algumas imperfeições, principalmente devido ao momento de experimentação pelo qual está passando. Mas são, na maioria das vezes, dificuldades que serão superadas com o tempo, como a inexperiência no manejo dos arquivos digitais e os problemas de conexão na hora de enviar o arquivo para a Receita Federal. É por isso que o seu contador deve estar atualizado com as exigências da Receita e ao seu lado neste momento delicado de transição, para esclarecer dúvidas e mostrar o caminho adequado ao porte e aos interesses da sua empresa.
Adaptar-se à Nota Fiscal Eletrônica, mesmo sem ser obrigado, é uma opção que envolve mais fatores do que o dinheiro. Perpassa a responsabilidade social e ambiental dos gestores e mostra a preocupação de uma empresa com o ambiente que a envolve. Em um mundo de variações climáticas extremas, aquecimento global e fenômenos naturais devastadores, pensar nas questões ambientais é um dos quesitos obrigatórios para os gestores que pretendem incluir seus empreendimentos no mundo comercial do século XXI, no qual não basta vender e gerar lucro, mas também considerar os efeitos de nossas ações de forma mais ampla e responsável.
É interessante observar como uma decisão aparentemente sem relação com a preservação da natureza, revela-se uma escolha importante para o futuro do planeta, que resulta na manutenção e valorização de nossas florestas e na qualidade de vida que queremos deixar para nossos filhos e netos.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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