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Nosso idioma no sete de setembro

Na coluna de hoje procurei encontrar uma conexão entre a língua portuguesa e esse momento tão emblemático e especial para o nosso país, que é a data que marca a Independência do Brasil da Coroa Portuguesa.

QUEM OUVIU? 

Segue um trechinho do nosso Hino Nacional. “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas […]”. Mas afinal, quem ouviu? O que torna esse e tantos outros hinos ricos estilisticamente é a ordem inversa dos termos da oração. Procuremos o “sujeito” e tudo ficará mais fácil. Seria o sujeito indeterminado? (ouviram). Talvez algo menos óbvio. Nesse trecho do Hino Nacional o sujeito nos reporta a uma figura de linguagem, a prosopopeia ou personificação. Coloquemos a oração na ordem direta. As margens plácidas ouviram do Ipiranga […]. Exatamente, o sujeito é sujeito simples, “as margens”.

REPÚBLICA

Segundo os dicionários, “República. 1. Forma de governo em que o Estado se constitui de modo a atender o interesse geral dos cidadãos. 2. Jurídico. Forma de governo na qual o povo é soberano, governando o Estado por meio de representantes investidos nas suas funções em poderes distintos”. Que tal irmos além da semântica (sentido) e buscarmos a etimologia (origem) desse vocábulo? “República” advém do latim “res publica”, que quer dizer “coisa pública”.

EM SE PLANTANDO TUDO DÁ.

Dentre as vinte frutas mais consumidas no Brasil, apenas três são nativas: abacaxi, goiaba e maracujá. Aquelas que não pertencem ao país, são: abacate; banana; caqui; coco; figo; laranja; limão; mamão; manga; marmelo; maçã; melancia; melão; pera; pêssego; tangerina e uva. Mas até o mamão e a banana não são nossos? Bem, vamos mudar o foco e elucidar, de uma vez por todas, a pronúncia correta dessas duas frutas, que até podem não ser nativas dessas nossas paragens, mas que o Brasil adotou faz tempo. A dúvida paira sobre as primeiras sílabas de “mamão” e de “banana”, serão abertas ou fechadas? Há uma regra geral de nossa Gramática Normativa que ensina ser fechada a vogal da primeira sílaba quando seguida de “m” ou “n”. Sendo assim, não corrija quem pronuncia, por exemplo, “mamão” e “banana” com o timbre fechado. É incontestável que nosso país tem vários sotaques, e isso, sem dúvida, torna o idioma mais rico, mais plural, menos previsível, então é natural ouvirmos tais palavras com o timbre aberto, o que não é natural é corrigir o que está correto, cuidado com isso. Fica a dica.

Foto/Destaque: Divulgação

Joyce Tino

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