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‘Desafio é enxugar a administração’ diz Delegado Costa e Silva

‘Nosso desafio é enxugar a administração’ diz Delegado Costa e Silva

Vice do coronel Alfredo Menezes (Patriota) que disputa a prefeitura nas eleições de 15 de novembro, o delegado Costa e Silva ressalta o apoio de Jair Bolsonaro à chapa do partido na corrida eleitoral em Manaus.

Para ele, muito mais importante que a contribuição do presidente nesse sentido, será a participação da população manauara para tornar a capital uma cidade melhor, mais humana e sintonizada com as principais demandas do setor público.

“Na gestão do coronel Menezes, a prefeitura será a casa do cidadão”, salienta ele, numa referência ao fato de o ex-superintendente estar intimamente alinhado com as propostas de desenvolvimento do governo Bolsonaro, de quem é amigo a há pelo menos 40 anos.

Segundo o delegado, a segurança, saúde, educação, esportes e o transporte público serão as prioridades da prefeitura ‘Menezes/Costa e Silva’. “Identificada, realmente, com os anseios de todos os segmentos econômicos e estratos sociais”, salienta.

Aos que defendem maior vivência, mais experiência política, como principais atributos para administrar uma cidade tão problemática como Manaus, ele é enfático, direto.

“Não quero ser experiente em dispensar licitações, para construir obras caríssimas, sem comprovar a origem do dinheiro. E declarar ainda que tem salário de 20 mil, a 25 mil reais, e ter um patrimônio milionário”, argumenta. “A população quer ter representantes de vida digna, compromissados realmente com as suas necessidades e dê um destino correto, adequado, para os recursos públicos”, acrescenta.

Costa e Silva afirma que a prefeitura de Menezes participará da mobilização do governo Bolsonaro de construir 254 escolas cívico-militares, tendo como meta 54 por ano até 2023. No Amazonas, a proposta é de quatro por ano.

“O grande diferencial é que essas unidades ensinam os reais valores da vida aos alunos que aprendem a ser pessoas melhores, bons cidadãos”, afirma.

Ele falou com exclusividade ao Jornal do Commercio.

Jornal do Commercio – O sr. ficou conhecido na internet por aparecer junto com o presidente Jair Bolsonaro. Pensava antes concorrer às eleições como vereador, mas posteriormente saiu como candidato a vice-prefeito na chapa do Patriota liderada pelo coronel Alfredo Menezes. O que o levou a tomar essa decisão?

Delegado Costa e Silva – Na época, eu e minha esposa estivemos em Brasília, no Palácio da Alvorada, para falar com o presidente. Ele é uma pessoa humilde, muito aberta, recebe todo mundo com simplicidade. Minha esposa contou que caminhou pela BR-319 por 21 dias e enfocou a questão da pavimentação da estrada.

Na ocasião, disse que o coronel Menezes lhe mandava um abraço. Então, ele perguntou se eu seria candidato. Preferi não responder no momento, já que nosso partido não poderia antecipar nada antes que acontecesse a convenção. Poderia ser penalizado. Gerar constrangimentos.

JC – Então, como recebeu a notícia de sua escolha para ser o vice do coronel Menezes, que tem o apoio declarado do presidente. Qual o sentimento?

Costa e Silva – O meu sentimento é o melhor possível. Confesso que num primeiro momento fiquei muito surpreendido. Resolvi chutar esse projeto de vereador para bem longe e abraçar algo maior. E colocar tudo nas mãos de Deus. Mas não irei ficar apegado ao cargo se der tudo certo.

O coronel é um homem aguerrido, de muita luta. Com apoio do presidente, a gente vai concorrer à eleição com toda humildade. Mas acima dessa contribuição do presidente, está a participação da população que clama por melhores dias, por uma vida mais digna. Isso tudo tem que estar muito bem alinhado.

JC – Fala-se que o coronel Menezes chegou a cogitar outros vices antes do sr. Como avalia essa questão?

Costa e Silva – Não tenho essas informações que dizem ter acontecido durante negociações nos bastidores. O que sei é que o partido decidiu fazer uma chapa puro-sangue e renunciar ao fundo eleitoral para ter um discurso combativo, convencendo a população de que não estamos sob o guarda-chuva de nenhum cacique político.

Independência é algo primordial para se fazer uma boa administração pública. De um lado está o coronel do Exército que tem todo um legado na administração militar, de capacitação. Aliás, ninguém presenteou a ele o que tem hoje.

Do outro lado, tem um delegado de polícia que ano a ano tem estudado, se capacitado. Agora mesmo estou fazendo um mestrado. A gente procura se capacitar cada vez mais para adquirir conhecimentos e representar, de modo verdadeiro, a população, que anseia por muitas mudanças.

Só tenho a agradecer ao Patriota e ao coronel Alfredo Menezes  que me confiaram essa grande responsabilidade. Não é só unir alguém para chegar ao poder público, como se fosse uma gincana. O maior acima disso são a responsabilidade, o comprometimento, que vamos ter como futuros prefeito e vice.

JC – A segurança pública sempre foi uma das grandes bandeiras das campanhas políticas. Como a chapa pensa sobre essa questão. A Guarda Municipal armada está nesses planos?

Costa e Silva – Eu atuei na segurança pública durante dez anos e conheço profundamente os problemas do setor. Faz tempo que o Estado não realiza concurso público. E as demandas cresceram muito. Agora, no âmbito municipal, faz-se necessária, realmente, uma reestruturação da Guarda Municipal, permitindo o uso de armamentos.

O Amazonas não vai inventar a roda. Minas Gerais e Paraná já têm guardas municipais armados. Ela tem que ser uma instituição municipal que não vai só cuidar de parques, logradouros públicos, praças. Tem que dar estrutura, armamentos, para defesa pessoal, seguido de reciclagens, não só na guarda. Isso vale também para as polícias, Forças Armadas.

O atual prefeito de Manaus chegou a receber centenas de taser (pistolas de choque) que estão em depósito, sem uso, e nunca foram utilizados.

JC – O atual prefeito sugeriu um ‘lockdown’ ao governo do Estado para frear o avanço da Covid-19. Essa proposta foi, inclusive, criticada pelo presidente Jair Bolsonaro. Na condição de prefeito e vice, caso vençam as eleições este ano, como avaliam um aumento dessas restrições?

Costa e Silva – A proposta pegou a todos nós de surpresa. Lamentamos as mortes que aconteceram em todo o mundo. Mas a gente não pode deixar de analisar o aspecto econômico do País.

A falta de salário vai fazer tão mal quanto a doença. As pessoas adoeceram em casa, houve casos de suicídio. O trabalhador precisa de condições para sustentar sua família.

Precisamos manter as atividades com todos os cuidados. Dizer que um estabelecimento pode fechar duas horas da madrugada, mas reduzindo a quantidade de pessoas.

Temos que ter responsabilidade no combate à Covid-19, mas com a manutenção dos empregos. O governo federal ajudou várias famílias com o auxílio emergencial.

A gente tem que ter políticas voltadas para a  prevenção. Concordo com Bolsonaro, que dizia desde o início da pandemia, que não poderíamos sacrificar os empregos em 100% em nome da Covid.

É importante levantar números de outros doenças, que podem ter registros muito maiores.

JC – Manaus tem hoje quase 3 milhões de habitantes. E enfrenta muitos problemas. Quais são as grandes prioridades da chapa?

Costa e Silva – Temos noção que vivenciamos um momento econômico muito delicado.  Mas focamos em projetos muito audaciosos. Vamos garantir o básico à população, dar condições de transporte público, trocar ônibus velhos. Os usuários merecem um mínimo de respeito.

Nosso grande desafio é enxugar a administração pública, diminuir custos operacionais, desfazendo contratos que não são necessários. Trazer novas tecnologias para o setor de transporte público, melhorando a vida do cidadão que faz uso dos veículos.

Os licenciamento demora, às vezes, até um ano para sair. Pretendemos diminuir a burocratização, que nos coloca em maus lençóis. Depois de garantir o básico, vamos a  Brasília buscar recursos junto ao presidente que tem uma boa relação com o coronel Menezes. Para a saúde, educação, etc. E ampliar as ações da Base Arpão, que tem sido muito atuante.

JC – Qual o perfil, então, dessas escolas cívico-militares?

Costa e Silva – Vamos aproveitar a mão de obra dos policiais da reserva da Polícia Militar, da Polícia Civil, e das próprias Forças Armadas. Esse pessoal está aí parado, precisa voltar a atuar. O trabalho dignifica o homem.

Eles só vão atuar como professores. As funções de confiança continuarão com os civis. Os militares não irão ocupar cargos de direção. Só virão para somar.

O governo Bolsonaro pretende construir 216 escolas cívico-militares. A meta é fazer 54 por ano até 2023. No Amazonas, vão ser construídas quatro.

A escola cívico-militar investe na formação do aluno para ser um melhor cidadão, com mais responsabilidade, mais respeito, dignidade.

Pensamos também em aproveitar o trabalho de estudantes do curso de medicina. Eles poderão dar aulas de reforço a alunos do ensino fundamental. Em contrapartida, terão isenção no pagamento de taxas de inscrição em concursos públicos.

JC – Muitos argumentam faltar experiência política, mais vivência, em alguns candidatos para administrar uma prefeitura tão problemática como a de Manaus. Como avalia essa questão, como sendo um elemento negativo para a chapa do Patriota?

Costa e Silva –Recebo as críticas de maneira muito humilde. Mas a experiência que vejo hoje no Amazonas é dispensar licitações em projetos caríssimos, sem comprovar a origem do dinheiro. É o cara que declara ganhar 20 mil, 25 mil reais, e ter um patrimônio milionário.

O Ministério Público não investiga, o Tribunal de Contas também não. É essa experiência que o manauara quer? Claro que não. Ele quer ver vida digna de alguém com patrimônio mais transparente, não favorecendo licitações públicas.

Não quero ter essa experiência tendenciosa. A experiência que quero é ter boa vontade. Antes, eu tinha só conhecimento teórico. Mas fui aprendendo com o contato diário com as comunidades.

Com humildade, ouvindo as pessoas, pode-se criar situações para viabilizar serviços, as principais demandas. Com o coronel Menezes e seu vice, reunindo conhecimento técnico, gastando a sola do sapato junto às comunidades, a coisa vai funcionar.

Na nossa gestão, a prefeitura vai ser a casa do cidadão manauara.

Marcelo Peres

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