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‘Nosso Centro’ terá primeira ação do ‘Calçadas Mais Ativas’

Com mais de 15,8 mil vias, entre ruas, avenidas, becos e travessas, e um passivo de décadas de deterioração dos logradouros, a Prefeitura de Manaus, via Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), vai lançar, no próximo semestre, o programa de requalificação de espaços públicos “Calçadas Mais Ativas”, Dentro do projeto “Nosso Centro”, e o primeiro ponto de ação será no centro histórico.

Estão previstas ações de melhoria da mobilidade nas calçadas e espaços públicos, com implantação de piso tátil; semáforos sonoros e numéricos para pedestres; e readequação de calçadas para cadeirantes. O “Nosso Centro” integra o programa de crescimento econômico e social “Mais Manaus”, lançado pelo prefeito David Almeida, e tem 38 ações programadas para os próximos quatro anos de gestão.

Requalificação

As intervenções vão envolver requalificação de vias e passeios, iluminação pública, sinalização, mobiliários urbanos e paisagismo. Inicialmente, o foco serão os principais trechos comerciais, com maior movimento de pedestres, prevendo intervenções que incentivem o conceito de “caminhabilidade” (do inglês, walkability).

“Manaus tem um passivo de décadas de descaso referente às calçadas ou à qualidade dos logradouros públicos. Nossa intenção é incentivar a caminhabilidade, mas para isso é necessário se dar infraestrutura necessária às calçadas. Assim como as vias devem ser bem pavimentadas, sinalizadas, iluminadas, o que incentiva a maior circulação de carros, para termos uma cidade mais humana e mais inclusiva é necessário que se tenha um trabalho de requalificação desses espaços públicos”, explica o diretor de Planejamento Urbano do Implurb, arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro.

 Comissão

 Os trabalhos são concentrados na Comissão Técnica para Implementação e Revitalização do Centro Histórico de Manaus, criada pelo decreto 5.034, que atua na definição de pontos de intervenção para o plano. O “Nosso Centro” tem três grandes eixos: “Mais Vida”, “Mais Negócios” e “Mais História”.

 A comissão tem coordenação do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), contando com diretores, gestores e técnicos com expertise no tema, da Secretaria Municipal de Finanças e Tecnologia da Informação (Semef), Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi) e Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult). Nesta ação, o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) também fará atuação.

 Tecido urbano

 As calçadas são espaços públicos, mas muitas vezes ocupadas e apropriadas por proprietários de lotes, que constroem diversas barreiras arquitetônicas, desde rampas, pinos no chão, até floreiras, lixeiras e portões de garagem que atrapalham quem queira circular e caminhar.

 “Segundo dados do PlanMob temos mais de 600 quilômetros de calçadas, mas apenas 120 seriam adequados em termos de largura de passeio, regularidade de nível e tipo de piso utilizado, especialmente para Pessoas com Deficiência e Pessoas com Mobilidade Reduzida, como idosos, grávidas, mulheres com carrinhos de bebê”, contabiliza o arquiteto.

 Plano Diretor

 As calçadas, passeios e logradouros públicos, pelo Plano Diretor, devem ser mantidos em bom estado pelo proprietário do lote, de forma a permitir, com acessibilidade, o trânsito de pedestres e cadeirantes. O artigo 36 do Código de Postura, parágrafo único, informa que “cabe ao proprietário realizar as obras necessárias ao calçamento e conservação do passeio” correspondente ao imóvel.

 Prefeitura entrega plataforma e nova Estação Santos Dumont 

A Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), entregou duas obras importantes que integram o pacote para a melhoria da mobilidade na capital: a Estação de Transferência E3-Santos Dumont e a plataforma da Paz (em frente ao Clube Municipal), ambas na avenida Torquato Tapajós. As novas estruturas servem para atender os usuários do transporte urbano e darão maior mobilidade, tanto para quem vai ou vem do Centro, diminuindo o tempo de viagem nos coletivos.

A plataforma da Paz, que foi revitalizada e está localizada em frente ao Clube Municipal, na avenida Torquato Tapajós, vai integrar o eixo Norte-Sul do transporte urbano. O local serve para o embarque e desembarque de passageiros que vão seguir para outras estações de transferências ou para o centro da cidade.

O diretor-presidente do IMMU, Paulo Henrique Martins, explicou como será a operação na E3. “Aqui terão ônibus que vêm dos bairros, com porta à direita, e ônibus troncais com porta à esquerda, principalmente aqueles que operam nos corredores da Torquato e da Constantino Nery. Quem mais ganha é o usuário, porque ele chegará mais rápido ao seu destino, com uma frequência maior do bairro até aqui (na Estação de Transferência), onde terá muito mais opção de linhas de ônibus. Por causa do corredor da Constantino Nery, os ônibus irão reduzir o tempo de viagem, desta forma, será possível fazer mais viagens com a mesma quantidade de ônibus”, explicou.

O embarque e desembarque de passageiros na Estação Santos Dumont (E3) é feito por um conjunto de 20 portas automáticas, dispostas em ambos os lados da estação de transferência, que tem capacidade de receber até quatro ônibus articulados ou trucados com porta à esquerda por vez, dois em cada sentido da via. Totalmente fechada, para garantir o controle na entrada e saída do usuário, além de maior segurança, a estação terá sistema de monitoramento por câmeras. As portas automáticas terão abertura e fechamento acionados remotamente, por um sensor controlado pelos próprios motoristas dos coletivos.

Foto/Destaque: Divulgação

Caubi Cerquinho

é jornalista, editor da coluna Transporte, Trânsito e Cia
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