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Nestlé anuncia novo segmento com a criação da Indústria da Ciência e da Saúde

As doenças crônicas custarão à economia brasileira US$ 200 bilhões até 2015. O alerta da Nestlé, porém, não é desinteressado. Ontem, a gigante do setor de alimentação abriu oficialmente as portas para uma nova indústria, reunindo alimentação, nutrição e tratamento de saúde. As projeções são de lucros bilionários.
O novo segmento está sendo chamado de Indústria da Ciência da Saúde, criando produtos exatamente para lidar com obesidade, diabetes, desordem mental e outros problemas crônicos. A ideia é que, por meio de pesquisas científicas e alta tecnologia, produtos sejam descobertos não apenas para alimentar, mas também com funções de tratamento de doenças crônicas e mesmo envelhecimento.
A decisão da maior empresa de alimentos do mundo de se lançar no novo segmento foi baseada em estudos que mostram que a população do planeta enfrentará desafios cada vez mais profundos em relação às doenças crônicas. De um lado, o aumento da classe média e novos hábitos de alimentação criam situações propícias à explosão de doenças como a obesidade, que já afeta 1 bilhão de pessoas no mundo. De outro, governos estão sendo obrigados a cortar de forma drástica seus gastos para lidar com buracos em suas contas. Para a empresa, os governos não terão outra opção que não seja reforçar a prevenção e, para isso, precisarão de novos produtos.
O mercado estima que essa nova tendência se estabelecerá e renderá vendas de US$ 150 bilhões.
Para o presidente da Nestlé, Peter Brabeck, a crise da dívida se aprofundará nos próximos anos e afetará a capacidade de países ricos de lidar com uma população cada vez mais velha. Citando estudos internacionais, Brabeck indica que, até 2015, 3% do PIB mundial será perdido para doenças crônicas.
Nos EUA, os gastos com saúde em cinco anos aumentarão em 29%. Para a cúpula da empresa, essa realidade não será apenas vivida nos países ricos. Brabeck aponta que, em cinco anos, a China já gastará US$ 500 bilhões com a saúde de sua população, contra US$ 300 bilhões na Rússia e US$ 200 bilhões no Brasil e na Índia.
Segundo a Nestlé, todo seu trabalho se baseará em processos científicos que identificarão genes que podem ser modificados por alimentos. Para isso, nanotecnologia e biotecnologia serão usadas em um projeto de mais de US$ 500 milhões.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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