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Natureza…

Uma declaração do governador do Mato Grosso, senhor Blairo Maggi revoltou aos ecologistas de plantão. Defende o Governador que a alimentação é prioritária e que parte da floresta deve dar lugar ao plantio de grãos. Sem querer polemizar se o aumento da quantidade de grãos passa necessariamente sobre o aumento da área a ser plantada, a questão toda merece uma atenção maior que simplesmente as manifestações de cunho ecológico.
Já se disse que as frutas que apodrecem na Amazônia seriam suficientes para acabar com a fome no mundo. Contudo, as pessoas não moram na floresta, nem há estradas e logística para que estas frutas sejam aproveitadas para consumo da população urbana.
Já se disse também que as madeireiras do estado do Amazonas, trabalhando 24 horas por dia, não conseguiriam aproveitar nem a metade das árvores que caem de velhas na floresta neste estado.
Estranhamente, os que defendem o acesso à comida por toda a população são os mesmos que defendem a manutenção pura e simples de todas as árvores da floresta. Não parecem se dar conta de que uma árvore derrubada pode significar substituição e não devastação. Não parecem saber que a floresta é renovável. Se levássemos a sério a propaganda das ONGs sobre o volume de área devastada, e o tom com que são alardeados, teríamos a impressão que há alguém cortando fatias do próprio planeta e pulverizando-as no espaço. De maneira tendenciosa não falam em áreas já recuperadas, ou na diminuição do preço da cesta de alimentos que isto proporcionou.
Os animais são abatidos quando chegam à idade adulta, para que sua carne seja aproveitada. Se dermos atenção à pseudo-ecologistas deveríamos esperar que estes animais morressem de velhos e fossem abandonados no campo, como acontece com as árvores no estado do Amazonas. Embora acreditemos que a floresta tenha uma grande participação na vida, assim como ela está, não podemos simplesmente dizer que qualquer árvore derrubada seja uma agressão à natureza.
Há 100 anos, ou um pouco mais, era “natural” a expectativa de vida de 38 anos para o ser humano. Era “natural” que as famílias tivessem 10 ou mais filhos, mesmo porque alguns morriam no primeiro ano de vida. Era “natural” que se jogassem as fezes na rua e com isso se alimentasse toda a sorte de mini e micro agressores do homem. Era “natural” que todo o animal adulto, doméstico ou não, fosse abatido, quer para servir de alimento, quer porque ele representasse perigo. Era “natural” que, os sobreviventes com idade avançada fossem assistidos ou desassistidos por seus descendentes e não pelo estado.
Hoje, mesmo com a diminuição do número de filhos por casal, a população humana continua aumentando e se alimentando. A população vem aumentando e os ecologistas querem que também as áreas “naturais” sejam aumentadas. Como se pretende fechar esta conta?
O homem conquistou a longevidade não muito naturalmente. A natureza, graças aos avanços da medicina e outras ciências, deixou de fazer a seleção dos mais fortes ceifando as vidas dos fracos logo no início dela. Com isso, pessoas que não teriam resistido às agruras se tivessem nascido há um século, hoje estão belas e fortes produzindo ou não, mas comendo.
A previdência pública está com problemas de caixa para sustentar os velhos que teimam em continuarem vivos, necessitando de cuidados especiais, remédios etc. Todos temos familiares em idade avançada cuja partida, humanamente queremos retardar. Não fazemos contas quando se trata da vida de nossos entes queridos.
Contudo, por mero exercício de pensamento, não caberia perguntar: A causa de todas as “agressões” à natureza não é o fato de termos dobrado o tempo de vida dos seres humanos? Podemos empilhar alimentos e remédios, mas não podemos empilhar pessoas, a não ser que isso seja feito com todo o conforto. Conforto costuma ser sinônimo também de espaço.
Alguém ai defende a diminuição da idade das pessoas?????????
O desafio não é pequeno. Porém, não será com discussões ideológicas e apaixonadas que

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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