Pesquisar
Close this search box.

Não minta pra mim

De acordo com estudos, escutamos, em média, 210 mentiras por dia. Da falsa informação acrescentada no currículo às falácias dos políticos, do conto do vigário ao autoengano, a mentira faz parte da história da civilização. Especialista em grafologia e linguagem corporal, Paulo Sergio de Camargo mergulhou no tema com o objetivo de revelar um meio prático de reconhecer as mentiras, lidar com os mentirosos e evitar as armadilhas que as mentiras impõem em diversos contextos: em casa, na escola, no ambiente de trabalho, na política.
Os métodos, é claro, não são 100% eficazes. “Temos a equivocada propensão a acreditar que somos capazes de identificar mentiras com certa facilidade. Não é bem assim. Após anos de estudos e pesquisas, sei que devemos ter cautela ao tentar reconhecer alguém com capacidade e habilidade cognitivas para enganar quem quer que seja”, afirma Camargo. Pequenas mentiras, mentiras brancas, mentiras inocentes – ou qualquer que seja o nome dado a elas – uma coisa é certa: elas vão minar a confiança de alguém ao longo do tempo, segundo o especialista. “Toda a mentira – até mesmo a mais inofensiva – tem consequências”, diz
No livro Não minta pra mim! Psicologia da mentira e linguagem corporal (216 p., R$ 59,20, Summus Editorial), lançado em 2012, Camargo apresenta definições de mentira e destrincha as principais situações em que ela se instala. Fruto de mais de 15 anos de pesquisa, a obra destaca a realidade nacional em relação ao assunto e aborda os principais sinais da linguagem corporal dos mentirosos.
De acordo com Camargo, não somos um país singular quando o assunto é mentira, mas há muitas diferenças em relação a outras culturas. “Talvez a leniência com que tratamos as mais descaradas mentiras seja nossa característica mais marcante”, diz o especialista.
Em 20 capítulos, Camargo transmite a maior quantidade possível de informações a respeito do tema, mesmo reconhecendo que ainda há muito para ser estudado e até mesmo descoberto. Os capítulos tratam da dificuldade de definir a mentira, dos tipos de mentira, do autoengano, do porque mentimos, da mentira escrita como falsificações e atestados médicos, da mentira como doença, dos sentimentos relacionados à mentira, dos mentirosos em cadeia nacional, da linguagem corporal e das microexpressões no momento da mentira, entre outros temas.
“A mentira influencia grandemente a nossa vida; nascemos, crescemos e evoluímos diante da mentira. Nem sem­pre é possível enfrentá-la. Mesmo tentando nos prevenir contra as mentiras, seremos sempre enganados. De certa forma, essa certeza pode ser até reconfortante, pois nos torna mais sensíveis e humanos”, conclui Camargo.

O autor
Paulo Sergio de Camargo é um dos mais bem preparados e conceituados grafólogos brasileiros. Fez pós-graduação em gerência e desenvolvimento de Recursos Humanos na UniFae Centro Universitário, em Curitiba, e atuou como instrutor de grafologia no Centro de Psicologia Aplicada (Cepa), no Rio de Janeiro, entre 1994 e 2002. É constantemente convidado a fazer palestras no Chile, na Argentina e no México, e nos últimos anos tem-se dedicado ao estudo da linguagem corporal. Publicou, pela Editora Ágora, os seguintes livros: A grafologia no recrutamento e seleção de pessoal; Grafologia expressiva; e Sua escrita, sua personalidade. Pela Summus Editorial, lançou Linguagem corporal – Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar