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Não há data para aumento, diz Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que não há nada definido sobre o novo modelo de reajuste da gasolina e do diesel e voltou a afirmar que não há data para o aumento dos combustíveis.
“A metodologia está sendo desenvolvida, ela não está pronta, portanto não há nada definido”, afirmou, ao deixar evento em comemoração aos dez anos do programa Bolsa Família. “Não tem nenhuma data para aumento, nada disso”, acrescentou.
Nesta manhã, a Petrobras divulgou um fato relevante ao mercado esclarecendo que uma nova metodologia de precificação da gasolina e do diesel foi aprovada por sua Diretoria Executiva e ainda está em análise em seu Conselho de Administração, do qual Mantega é presidente.
A divulgação do fato relevante atendeu pedido da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), após as ações da estatal terem disparado na segunda-feira, quando foi revelado por um dos seus diretores que a empresa elabora um modelo de reajuste automático dos combustíveis.
Esse modelo levará em conta fatores como cotação do dólar, preço internacional do petróleo e produção e importação de combustíveis pela Petrobras. Mantega minimizou a relevância do fato relevante como indicativo de que a nova metodologia deve ser adotada.
“Teve que lançar fato relevante porque houve conhecimento por parte do mercado de que se estava trabalhando numa metodologia. Aliás, não é de agora, já fazem alguns meses. Então, a CVM obrigou a Petrobras a fazer um fato relevante porque isso mexe com o mercado. Foi só isso. O fato relevante se explica”. disse.
“Nós estamos desenvolvendo essa metodologia já há alguns meses. É uma coisa séria, importante, não pode ser feita rapidamente, afogadilho”, insistiu.
A Petrobras reivindica aumento dos preços dos combustíveis porque os cobrados no Brasil são menores que os praticados no mercado internacional, o que causa prejuízos à estatal, que importa parte da gasolina e do diesel vendido no país.
O governo, que controla a Petrobras, mantém os preços aqui abaixo dos internacionais para evitar um aumento da inflação.
O assunto foi manchete da edição de ontem do jornal Valor Econômico. Segundo a publicação, o primeiro aumento dos preços da gasolina e do diesel deverá sair junto com a nova política de reajuste para a Petrobras, aguardada para o dia 22 de novembro. A base da fórmula que vai reger esses preços foi apresentada pela companhia ao conselho de administração, no dia 25. O Ministério da Fazenda explicou, porém, que a metodologia ainda está em discussão.

Enxofre

O teor de enxofre na gasolina comum comercializada no país deverá ser reduzido dos atuais 800 miligramas por quilo (mg/kg) para 50 mg/kg, queda de 94%. A determinação da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) foi publicada nesta quarta-feira no “Diário Oficial” da União e começará a valer a partir de 1º de janeiro de 2014.
O objetivo é reduzir o lançamento de enxofre na atmosfera para melhorar a qualidade do ar e reduzir o risco de doenças respiratórias. Segundo a ANP, a mudança também melhora o desempenho dos motores, reduz os custos de manutenção e aumenta a durabilidade. De acordo com a agência, a medida pretende antecipar o cumprimento de uma etapa do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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