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Na esteira do mercado dos EUA, Bovespa despenca 3,5%

A Bolsa de Valores de São Paulo teve um dia tenso, ao contrário do que se poderia supor de um dia entre um final de semana e um feriado. Acompanhando o mercado americano -que segue pautado pelos temores quanto à crise do crédito imobiliário de alto risco (“subprime”)- a Bolsa paulista fechou em forte baixa.

O Ibovespa (Índice Bo-vespa) -principal indicador do mercado acionário brasileiro- recuou 3,52%, a 62.336 pontos. O que poderia ser um dia tranqüilo se tornou agitado tanto pelo vencimento de opções na Bolsa paulista como pelo mau desempenho no mercado americano. Preocupados com o fato de não haver pregão na terça-feira -é feriado do Dia da Consciência Negra em São Paulo-, os investidores preferiram recuar.

O giro financeiro ficou em R$ 10 bilhões, bem superior aos R$ 6 bilhões da média dos últimos dois meses.

O principal motivo para a queda na Bovespa foi o dia ruim em Wall Street. A crise do crédito subprime voltou a preocupar o mercado devido ao rebaixamento feito pelo Goldman Sachs da recomendação de “neutro” para “venda” para as ações do Citigroup.

Também colaborou o anúncio de prejuízo de US$ 1,1 bilhão da Swiss Re -a maior resseguradora do mundo- em outubro, ligado aos papéis de crédito “subprime” que detém.

O vencimento de opções que ocorreu nesta segunda-feira colaborou na queda.

Opções são contratos que negociam os direitos de compra ou de venda de ações, a um preço pré-determinado (preço de exercício), durante um prazo estabelecido (vencimento).
No dia do vencimento, os investidores decidem se exercem (compram ou vendem) o papel pelo preço acertado, pagando um prêmio.

O pregão ainda marcou a estréia das ações do Banco Panamericano. Porém, ao contrário do que normalmente ocorre no primeiro dia de uma ação na Bovespa, os papéis do banco fecharam o dia em baixa de 0,3%.

Ações da BM&F

Outra novidade do dia foi o início do período de reservas para quem quiser comprar as ações da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). A estréia dos papéis no pregão da Bovespa está marcada para o próximo dia 30.
Até o dia 27, as pessoas interessadas poderão reservar montantes que vão de R$ 5.000 a R$ 300 mil em ações da BM&F.

Analistas de mercado esperam que a ação da BM&F tenha um desempenho semelhante ao observado pela Bovespa Holding, que em seu primeiro dia de negociação subiu 52%.
Para terça-feira, dia 20, a principal notícia estaria vindo dos Estados Unidos, onde o Fed (Federal Reserve, o banco central local) deve revelar a minuta sobre a reunião do dia 31 de outubro, quando os integrantes resolveram reduzir a taxa básica de juros de 4,75% ao ano para 4,50%.

Topo do ranking

Reportagem publicada na segunda-feira pelo diário britânico “Financial Times” comenta o forte crescimento verificado pela Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), que passou da estagnação, “como qualquer outra bolsa de valores na América Latina”, ao “topo do ranking” dos mercados globais de capital nos últimos quatro anos.
“Em 2002, a média de negócios diários era de R$ 558 milhões. Desde então, as coisas mudaram. Em 2006, o volume diário de negócios havia aumentado para R$ 2,4 bilhões. No mês passado, foi de R$ 6,7 bilhões”, relata o jornal.

A reportagem comenta que a “extraordinária” abertura de capital da Bovespa no dia 26 de outubro “elevou-a ao topo do ranking dos mercados mundiais de capital”.

Dólar sobe 1,2% após tensão nos mercados

O dólar fechou em alta, sob o efeito da tensão nos mercados mundiais devido à crise do crédito imobiliário de alto risco (“subprime”) nos Estados Unidos.

No fechamento, o dólar comercial ficou cotado a R$ 1,768 para a venda, com ganho de 1,2% sobre sexta-feira, e quase na máxima do dia (R$ 1,769).

Por ser véspera de feriado -a BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) não abre amanhã devido ao Dia da Consciência Negra- a tendência já é de dólar em alta por uma questão de precaução.

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Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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