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Na crise, loja ‘pop up’ ganha espaço

Modelo comercial ajuda novas marcas a ganharem espaço com ações pontuais

Arcar com os custos de uma loja fixa pode ser um tormento para quem está iniciando uma nova marca, especialmente em época de crise. Mas isso não quer dizer que você precisa deixar de ter contato com seus clientes. Afinal, por que pagar por anos de aluguel quando se pode fazer uma ação pontual?
Essa ideia ganhou corpo numa ação do shopping carioca Fashion Mall. O centro comercial inaugurou na semana passada uma pop up store, espécie de “loja relâmpago” que irá receber diversas marcas de forma temporária.
“A proposta é que essa loja sirva de incubadora de novos talentos. Traremos marcas que estão começando e que com isso ganharão visibilidade”, afirma Paulo Stewart, CEO do grupo Safhyr, dono do Fashion Mall.
A iniciativa chega após uma experiência com a marca Bles. Criada há um ano e meio pelas sócias Daniela Brandão e Luciana Malavasi, a marca de moda feminina vende seus modelos via e-commerce, mas tem dificuldade em romper a barreira tecnológica com as clientes.
“A compra de roupas pela internet ainda é uma experiência nova no Brasil. As pessoas ainda gostam de experimentar”, afirma Luciana. Em maio, a Bles abriu uma loja temporária no Fashion Mall, onde ficou por 50 dias. Resultado: um aumento de 40% no faturamento. Em média, a Bles fatura 35 mil por mês com as vendas no site.

Vantagens
Para Alexandre Van Beeck, da consultoria de varejo GS&AGR, as pop up stores são uma boa alternativa para marcas pouco conhecidas. “A maior dificuldade das novas marcas é chegar ao público de maneira consistente. Com uma loja temporária, ela consegue ter mais visibilidade, consegue expor o produto de maneira controlada e tem um feedback instantâneo do consumidor”, analisa.
Porém, Van Beeck ressalta que a decisão de abrir uma loja relâmpago não deve ser impulsiva. “Ela tem que fazer parte da estratégia da empresa, não é para apagar incêndio. E os preços oferecidos têm que ser muito bem trabalhados, para não queimar a oportunidade. Precisa ser algo estruturado e planejado”, afirma.
Além da visibilidade, as pop up stores têm outro atrativo para as marcas iniciantes: o baixo custo. “Para uma marca nova, é complicado se comprometer com um contrato de dois anos num shopping. Mas, com as lojas temporárias, como o contrato de aluguel é curto, é possível se preparar e ganhar um pouco no preço dos produtos”, afirma Luciana, da Bles. A marca conta que investiu R$ 15 mil para montar a loja no Fashion Mall.
Já para o shopping, além de trazer novidades aos clientes, a pop up store é uma forma de usar o espaço de forma criativa num período de recessão. “É uma combinação interessante de uso de espaço num momento em que existe um ambiente difícil de recessão. Uma forma de otimizar esse espaço gerando interesse”, resume Paulo Stewart.
No Fashion Mall, a loja pop up vai receber uma marca por semana, sendo que a primeira foi a Wasabi. A ideia é que, além de moda, o espaço seja um local para divulgação de talentos da gastronomia, entretenimento e artes. Outros shoppings do grupo, que tem empreendimentos em todo o país, também devem adotar a iniciativa.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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