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Música como degrau para a fama

Apesar da pouca idade, o mais velho tem 28 anos e a mais nova 21, seis jovens aqui de Manaus são um belo exemplo de como o estudo é capaz de fazer qualquer pessoa galgar degraus cada vez mais altos na vida. Fábio, Receba, Elcione, Andrey, Ediel e Thaísa estão conseguindo isso através da música e, na opinião unânime do grupo, suas conquistas até então, são apenas o começo de suas carreiras.
Fábio toca violino. Talvez por ser o mais velho, é o porta-voz da turma; Rebeca também toca violino e é a cantora do grupo com sua voz de soprano; Elcione toca viola e é a humorista, fazendo graça a cada comentário dos colegas; Andrey demonstra ser o mais tímido, no entanto, além de tocar piano, é maestro, e por isso, tem um respeito extra dos colegas; Ediel toca contra baixo acústico e, curiosamente destoa dos demais, com suas barba e cabelos de roqueiro. E ele confirma tocar seu instrumento também numa banda de rock; Thaísa é a mais calada. Seu imenso instrumento, o violoncelo, fala por ela.
Individualmente cada um dos seis amigos têm sua vida como músico. Juntos, formam o Grupo de Câmara da Aliança Francesa de Manaus, “a única Aliança Francesa do Brasil que possui um Grupo de Câmara”, comemora a diretora da instituição, Luciana Cavalcanti.
A história do Grupo de Câmara da AF começou em 2009 quando um professor da instituição, que também dava aulas na UEA, resolveu convidar alguns alunos de música para formar o Grupo. Objetivo era que eles se apresentassem nos eventos promovidos pela Aliança. Em contrapartida, ganhariam bolsas para estudar francês na Aliança e a oportunidade de se apresentar na França que, por sua vez, seria a porta de entrada para outros países europeus onde a música clássica nunca deixa de estar em evidência. Desde então vários músicos da UEA integraram o Grupo. Os atuais estão juntos há um ano. Tocam de tudo, mas a maior parte do repertório, claro, é de compositores franceses.

Diariamente, músicos
“Três de nós já são formados, outros três ainda estão estudando”, explicou Fábio. O interessante do grupo é que, com exceção de Rebeca, nenhum dos demais se interessava por tocar algum instrumento durante a infância, o que só veio surgir na adolescência. “Na minha família ninguém tem formação musical, mas todo mundo toca algum instrumento”, contou a violinista e soprano Rebeca. Quanto aos demais, quando se viram possuidores do poder de tirar sons de um instrumento, resolveram ir mais além. Por enquanto, Thaísa permanece apenas no Grupo de Câmara da Aliança Francesa e na Orquestra Experiental da Amazonas Filarmônica; Fábio integra o Trio Euterpe; Rebeca também está na Sinfônica da UEA; Ediel na mesma sinfônica, na Orquestra Experimental da Amazonas Filarmônica, na Orquestra Vozes da Ufam e na banda de rock 00:00; Andrey na Orquestra Experimental da Amazonas Filarmônica, no Trio Euterpe, se apresenta como pianista correpetidor e já se arrisca como maestro; e Elcione na Orquestra Experimental da Amazonas Filarmônica, no Trio Euterpe e na OBA (Orquestra Barroca do Amazonas). Falando em OBA, é através dessa orquestra que Elcione, com sua viola e humor contagiante, vai dar início a um novo caminho, ansiosamente aguardado pelos demais colegas. Ainda este ano ela segue com a OBA para Portugal onde irão gravar, com instrumentistas de lá, músicas luso-brasileiras. “Não só pertencer ao Grupo de Câmara da Aliança, mas a qualquer outra orquestra aqui de Manaus se torna um trampolim pra você, um dia, seguir pra Europa, ou mesmo os Estados Unidos, e se apresentar com os grandes músicos desses países. Qualquer instrumentista sonha com isso. Nós estamos tendo essa oportunidade e estamos sabendo aproveitá-la, mas qualquer pessoa, que tenha força de vontade, também consegue”, ensinou Elcione.
Quem quiser ver os seis jovens em ação, é só seguir os sons de uma música clássica, ou até mesmo de um rock, ritmado pelo contrabaixo acústico de Ediel. Eles respiram música diariamente.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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