Pesquisar
Close this search box.

Municípios do Baixo Amazonas querem explorar silvinita em 2010

A exploração das jazidas de potássio nos municípios de Nova Olinda do Norte e Itacoatiara, centro das discussões no 11º Simpósio de Geologia da Amazônia, promovido pela SGG-N (Sociedade Brasileira de Geologia Núcleo Norte), voltam a despertar o interesse dos empresários internacionais.
De um lado, por conta da garantia do governo federal de firmar contrato para explorar as minas até o primeiro semestre de 2010. Do outro, municípios do Baixo Amazonas (Borba, Silves, Autazes e São Sebastião do Uatumã) localizado no entorno das jazidas se mobilizam diante da forte possibilidade, já constatada em pesquisas geológicas, de que o veio mineral segue até as imediações do Pará.
O encontro, cujo objetivo se voltou para o aumento da percepção sobre a importância estratégica da exploração mineral no Amazonas, reuniu representantes das indústrias locais, CPRM (Serviço Geológico do Brasil), parlamentares e técnicos do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral).
O superintendente Regional da CPRM de Manaus, Daniel Nava, falou sobre a apresentação do Projeto Silvinita no evento internacional de minério, ocorrido no Canadá, no início de março, promovido pelo Grupo Forbes & Manhattan. O executivo destacou ainda que o déficit mundial na produção do potássio gira em torno de seis milhões de toneladas, sendo que atualmente a tonelada do minério vem sendo negociada ao preço de US$ 1.5 mil no mercado internacional, impulsionando a inflação e o aumento de preço dos alimentos. “A jazida de potássio do Amazonas é a segunda maior do mundo com 400 quilômetros de extensão. Esse potencial econômico não pode ser mantido sob a terra, mas precisamos assegurar que a exploração não seja danosa ao meio amazônico”, disse Nava.

Dezoito meses

Antes da abertura das discussões, o líder do governo e vice-presidente da Comissão de Recursos Minerais e Energéticos na Assembléia Legislativa do Estado, deputado Sinésio Campos (PT), disse ao Jornal do Commercio que os municípios do Baixo Amazonas não vão aceitar o prazo de 18 meses, estabelecido pela Petrobras para realizar e apresentar os estudos de viabilidade econômica para a exploração da reserva de silvinita. Sobre a posição ambientalista radical de que a exploração mineral degrada o solo, o deputado asseverou que toda ação humana extrativista traz impacto ambiental, mas a existência de tecnologia reduz o desequilíbrio exploratório. “Não podemos confundir mineração com garimpagem. A exploração da jazida de potássio tornará o país independente produzindo fertilizantes para a produção de alimentos, além de propiciar a implantação de indústrias de fármacos e cloroquímica no Polo Industrial de Manaus”, considerou.

Número de empregos potenciais é de 70 mil

O diretor do DNPM, Antonio Fernando Rodrigues, explicou que cada mina de potássio aberta no Amazonas vai gerar cerca de 1.500 empregos diretos. Como cada emprego direto gera dez indiretos, explicou o executivo, “a projeção é de que as sete minas a serem instaladas criem cerca de 70 mil empregos no Estado, além de indústrias de transformação”, completou.
A empresa Falcon Metais Ltda, uma subsidiária brasileira controlada pelo banco mercantil Forbes & Manhattan Incorporation, foi a empresa que apresentou a melhor oferta e ganhou a licitação de venda dos direitos minerários sobre parte da reserva de silvinita, realizada em junho do ano passado. Mas, alegando razões estratégicas, a Petrobras cancelou a venda da concessão da jazida e ficou de preparar uma nova regulamentação para o negócio. “Como a empresa ainda não se manifestou, vamos nos mobilizar e cobrar uma posição. Mesmo porque existe outra empresa do mesmo grupo interessada no negócio”, revelou Rodrigues.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar