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Mulheres no mercado: ainda no caminho da igualdade

Quando se fala em “direitos das mulheres”, “mulheres no mercado de trabalho”, “igualdade de gênero”, muitas pessoas analisam tais pautas como já ultrapassadas, afinal as mulheres ocupam grande parte da força de trabalho no país (mais precisamente, 53,3%, de acordo com dados do IBGE no ano de 2019). Então, muito se indaga o porquê de as conquistas femininas ainda serem uma temática em debate em nossa sociedade.

Somente há quase seis décadas é que as mulheres puderam ter o direito de escolha ao trabalho, no Brasil, sem precisar da permissão do marido para tanto, consolidando-se, de vez, nas estatísticas de emprego. Antes disso, o direito de exercer uma profissão não era uma alternativa que cabia às mulheres optar.

Portanto, necessário e atual o debate sobre os direitos das mulheres, cabendo registrar que ainda existe um extenso caminho para que a igualdade de gênero, direito constitucionalmente assegurado, seja realidade.

Nesse aspecto, para além das políticas públicas estatais, o setor privado, percebendo a necessidade cada vez maior de inclusão e diversidade no meio corporativo, começou a buscar a efetiva equidade de gênero.

A fim de amparar e guiar as empresas nesse caminho, em 2020, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa criou a Agenda Positiva de Governança, a qual tem como um de seus seis pilares a “diversidade e inclusão”. Assim, como uma das ramificações da diversidade e inclusão está a igualdade de gênero, que deve ser vista como uma representação relevante para o crescimento das empresas.

Para tanto, recentemente, em janeiro de 2021, o IBGC enviou carta ao mercado em que convida os conselhos de administração das empresas a aproveitarem a renovação dos membros dos boards para aumentarem a diversidade entre os integrantes, ressaltando, no documento, que, de acordo com o estudo “Board Index 2020”, da Spencer Stuart, apenas 11,5% das posições em conselhos das empresas abertas brasileiras são ocupadas por mulheres — 9,3% se consideradas apenas as titulares.

Cabe às empresas buscarem maior reflexão em seus ambientes de governança, a despeito da desigual distribuição de cargos, em relação ao gênero, ainda presente em nossa sociedade, e concretizar medidas mitigadoras para reverter tal quadro.

Para que as mulheres possam continuar o caminho de ascensão profissional, a igualdade de oportunidades deve ser uma realidade. Para que na chegada final desse caminho em construção haja a equidade almejada, não basta o mapa com a direção correta, mas todo um conjunto que vai de pessoas a ferramentas capazes e aptas a concretizar tal objetivo.

Foto/Destaque: Divulgação

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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