Pesquisar
Close this search box.

Mulheres invadem varejo online

https://www.jcam.com.br/3103_B1.png

Ainda tímido, setor emerge, mas continua em baixa. Comércio digital, que deveria ser o alavancador, tem 5%, em média, de participação no mercado varejista brasileiro e ressalta conservadorismo do consumidor e das empresas, aponta o levantamento da consultoria.

A E-Consulting, boutique de estratégia e projetos líder em criação, desenvolvimento e implementação de serviços profissionais em Web, TI, Telecom, Contact Center, Multicanais e Novas Mídias, divulga os números do varejo para este ano. A previsão é que as vendas no comércio eletrônico brasileiro devem atingir R$ 64,1 bilhões em 2017. Um crescimento tímido de 2,72% em relação ao ano passado, que faturou R$ 62,4 bilhões.

O índice do varejo online é calculado pela E-Consulting a partir da soma das vendas online nas lojas virtuais de automóveis, bens de consumo e turismo. O cálculo ainda inclui em sua soma a potencialização do e-commerce B2C (Business to Consumer) nas modalidades tradicional, mobile commerce, social commerce e compras coletivas, além do C2C (Consumer to Consumer).

A E-Consulting também aponta a taxa de penetração do varejo digital frente ao varejo tradicional. De acordo com o estudo, o comércio eletrônico representa, em média, 5% de todo o mercado varejista. Mesmo diante do aumento de números de internautas no país, que somam 123 milhões de pessoas, atualmente, o relatório constatou que a baixa participação digital tem causas ligadas à cultura conservadora das empresas e do consumidor.

“O varejo brasileiro é tradicionalista e isso reflete na maioria das operações das lojas virtuais, que são nada mais do que extensões das lojas físicas. A falta da cultura ao online e de tecnologias que possibilitam essa migração emperram a evolução digital no comércio. Há raras exceções de marcas que já nasceram com cerne digital”, explica Daniel Domeneghetti, CEO da E-Consulting.

Além da falta de confiança do comprador, o levantamento ainda constata que o principal desafio enfrentado pelo e-commerce em 2017 será o aumento da restrição ao crédito, mesmo frente a um leve cenário de recuperação econômica. “A crise na economia e o aumento da inadimplência deixaram as instituições financeiras mais rigorosas na aprovação do crédito. Esta restrição impacta na procura do consumidor final. Com crédito baixo, ele não compra e nem tem desejo de comprar”, finaliza Domeneghetti.

A pesquisa da E-Consulting é realizada há 13 anos com as maiores varejistas brasileiras dos segmentos de automóveis, bens de consumo e turismo.

Satisfação no Varejo Online
Em Manaus, quem luta há um ano contra a cultura e a desconfiança sobre a credibilidade das lojas virtuais é a proprietária da LiraModas, Raquel Lira.

Após abrir a sua página, divulgar e vender acessórios e roupas femininas, a micro empresária explica que encontrou várias vantagens ao trabalhar com venda online. “As vantagens são: não tenho que pagar aluguel ou investir em equipamentos de lojas, uma vez que o meu escritório ou mostruário fica na minha casa. E por ser autônoma não tenho aquela obrigação de cumprir horário e algumas regras como, por exemplo, quando uma cliente pede para fazer uma entrega à noite ou vir me visitar com hora marcada, pois posso recebê-la a qualquer hora”.

As desvantagens, segundo Lira, talvez acontece no contato inicial com as clientes novas. “Por eu ainda não conhecê-las e nem elas a mim. Mesmo assim, ainda não tive nenhum problema sério com isso. Pois até agora, tenho me dado bem com todas que me procuram pelas redes sociais ou pela loja virtual”, revela a empresária.

Lira chega a lucrar por mês aproximadamente R$ 1.900. “Mas como estou começando, retiro uma pequena parte para pagar as minhas dívidas, o restante uso para novas compras e o dinheiro vai girando. Pois, a principal questão, além do dinheiro, é fazer algo que me agrade. Uma vez que quem nasceu com o Espírito empreendedor sabe que além do retorno financeiro e a questão de ter seu próprio negócio existe a realização pessoal”, finalizou ela.

Analise algumas vantagens e desvantagens
E ao fazer uma análise dos prós e contras do varejo online, o Cientista da Computação formado pela Ufam (Universidade Federal do Amazonas), Márcio Lins, afirma que o baixo investimento nas lojas física e online devem ser separado em duas partes. “Primeiro, o investimento de estrutura. Em uma loja física, você precisa de um espaço físico, logo terá gastos com aluguel, pintura, móveis etc, fora o estoque e a burocracia. Pra iniciar um negócio desses você precisa injetar uma quantia considerável de dinheiro. Já em uma loja online, de espaço físico você precisa apenas de um estoque. De resto, é tudo virtual e os custos são bem menores, além de tudo ficar pronto muito mais rápido”.

Em segundo, o Cientista aponta o investimento com comunicação. “Publicidade é imprescindível! Você pode investir exatamente a mesma quantia nos dois casos, com uma única diferença: o retorno. Ao divulgar uma loja física, o consumidor precisa sair de casa e ir até seu espaço para fazer a compra. Ao divulgar uma loja online, em poucos minutos ele poderá fazer a compra. Ou seja, você pode investir bem menos e ter muito mais retorno”.

E o porque do setor de abertura e procura de Lojas Virtuais ainda crescer no país, mesmo com tantas desconfianças e uma cultura conservadora, Lins explica que, em primeiro lugar, ainda há muita gente no Brasil que nunca comprou pela internet.

“Segundo dados da ABComm, Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (www.abcomm.org) quatro milhões de brasileiros fizeram sua primeira compra pela internet em 2015. Esse número deve se repetir em 2016. Pois é um volume bastante significativo de novos consumidores chegando ao canal e que ajuda a oxigenar o faturamento”.

O cientista reforça que o perfil desses novos compradores é bem diversificado. “O motivo pelo qual nunca compraram também. Destaque para o público mais velho, com idade acima de 50 anos. Um perfil que até agora ainda desconfiava da segurança das lojas online, mas que aos poucos ganha confiança para fazer seu primeiro pedido numa loja virtual.

Outro perfil de novos e-commerces é com faixa etária entre 18 e 21 anos. Esse público nunca teve medo de comprar pela internet, faltava era dinheiro no bolso. Conforme atingem a idade economicamente ativa e tem acesso ao primeiro cartão de crédito, não pensam duas vezes antes de decidir em que canal comprar”.

E confirmado o sucesso nas vendas da loja virtual LiraModas, Lins disse que mais de 60% dos novos compradores é do sexo feminino. “Mulheres adoram comprar pela internet e contam isso para todo mundo. Que outro fator é tão influenciador de compras quanto a recomendação de um amigo?. Esse público tem aumentado a participação da venda online de produtos de categorias tais como moda, saúde e beleza. Ajuda mais ainda o fato que essas são categorias que tem uma frequência de compra mais elevada”, conclui ele

Sobre a DOM Strategy Partners

A E-Consulting Corp.é uma Boutique de Projetos 100% brasileira, líder em criação, desenvolvimento e implementação de serviços profissionais em TI, Telecom e Internet para empresas líderes em seus
mercados. Atuando no tripé Consultoria, Análise e Desenvolvimento Tecnológico, a EConsulting
desenvolve seus projetos e soluções a partir de metodologias proprietárias associadas às metodologias
golden standard de mercado. A empresa é, atualmente, formada por cerca de noventa profissionais multidisciplinares, com vasta experiência em bancos de investimentos, agências de publicidade,empresas
de consultoria e tecnologia. O modelo de negócios e atuação da empresa reúne somente clientes preferenciais, parcerias duradouras, metodologias comprovadas, experiências únicas, serviços exclusivos, atendimento personalizado e foco em resultados.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar