A presidente Dilma Rousseff passou por Manaus no final da última semana e bateu um bolão. Entregou um grande condomínio de casas, um enorme barco de assistência do sistema S, visitou e faturou com a belíssima Arena da Amazônia, que ela financiou, distribuiu simpatia, reuniu toda a classe política, anunciou recursos para a prefeitura do adversário tucano, etc.
Tudo muito bem, tudo muito bom, mas o que mais interessa aos amazonenses ficou apenas no discurso.
É fato que pavimentar o miolo da BR-319 e dessa forma ligar Manaus ao restante do país por via terrestre é complicado e exige uma enorme articulação com ambientalistas, órgãos internacionais, etc. Isso o Amazonas pode revelar.
Prorrogar os incentivos da Zona Franca de Manaus, entretanto, é imperioso e não pode tardar.
O prazo atual para o fim dos incentivos é o ano de 2023, daqui a nove anos. Se a prorrogação não acontecer este ano, os projetos previstos para a cidade vão começar a minguar.
A pressão contra a Zona Franca tem crescido exponencialmente no eixo sul-sudeste. Os argumentos também se multiplicam, mas no fundo o que todos por lá querem mesmo é herdar os empregos e as indústrias que sairiam daqui sem os incentivos.
A presidente prometeu de novo se empenhar. Há controvérsias sobre a atuação do vice-presidente Michel Temer como articulador da votação da proposta de emenda constitucional no Congresso. A favor dele conta o fato de que precisa proteger o correligionário Eduardo Braga, que disputará o governo estadual. Contra pesa justamente o fato de ser paulista, e portanto suscetível à pressão do empresariado daquele Estado.
Dilma precisa se empenhar pessoalmente, não apenas defendendo a Zona Franca nos fóruns internacionais, como também dialogando com as lideranças no Congresso e jogando seu prestígio político em favor de um projeto de desenvolvimento que não é bom apenas para o Amazonas e sim para o país como um todo, já que ajuda decisivamente a preservar o maior patrimônio da Nação, que é a Amazônia.
Muito bem, presidente, agora vamos à prática
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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