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Movimento visa criar eleitores conscientes

O número de eleitores brasileiros cresceu em 7,8% com relação a 2006, ano das últimas eleições gerais. Agora em 2010 serão 135,8 milhões de pessoas aptas a votar, ante pouco mais de 125 milhões quatro anos atrás. Ainda assim, há questões a serem sanadas na postura do eleitor do País.
Uma delas é a taxa de votos brancos e nulos, por exemplo, que ainda é alta, e pode ser interpretada como uma desilusão da população perante o processo eletivo. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, cerca de 13 milhões de eleitores brasileiros votaram nulo e outros 7 milhões votaram em branco no segundo turno das eleições majoritárias de 2006. As duas opções, é válido ressaltar, são inválidas para o resultado final das eleições.
Outro ponto importante é a venda de votos, atitude esta que ainda é praticada em larga escala. A Universidade de Brasília elaborou uma estimativa para este ano, na qual mostra que entre 15% e 20% da população ainda troca sua escolha na urna eletrônica por presentes, promessas em dinheiro ou sob a forma de benefícios e interesses particulares.
Há ainda o percalço da desinformação e desinteresse do eleitorado, que vota por influência de terceiros, por favores que determinado candidato lhe prestou no passado, porque o postulante a algum cargo já tem fama na televisão, ou ainda em virtude de pesquisas eleitoreiras que mostram o político à frente. Nada disso serve como critério ou garantia de que aquela pessoa, uma vez eleita, tomará as melhores atitudes em defesa da sociedade e da democracia como um todo.
Foi pensando em temas como esses que se criou, em 1985, o Movimento Nacional pela Valorização do Voto – Monav. A meta é alertar a sociedade para práticas antidemocráticas, a fraude e a corrupção que ainda estão muito presentes no processo eletivo. E, assim, despertar nos cidadãos a consciência da relevância do voto para a manutenção de uma sociedade organizada e próspera.
Confira abaixo os dez mandamentos do eleitor consciente, elaborado pelo Monav: 1º – Valorizar e dignificar o voto, utilizando-o para o engrandecimento do PAÍS, fortalecimento e grandeza da democracia e segurança da família, para garantia do futuro de nossos filhos e netos. 2º – Não permitir que a corrupção, forjada e manipulada pelo Poder Econômico, faça de seu voto um instrumento ao alcance dos que só estão interessados em satisfazer suas ambições pessoais. 3º – Repudiar candidatos que, fantasiando-se de idealistas e humanitários, prometem mundos e fundos, além de dinheiro, emprego, alimento e remédio, com o intuito de explorar, em todos os sentidos, a boa-fé do eleitor. 4º – Condenar frontalmente os candidatos que, não respeitando a integridade do voto livre e consciente, exploram a miséria, com o objetivo de coagir eleitores a lhes dever favores e a votar por gratidão. 5º – Evitar votos brancos ou nulos com a desculpa de que nenhum dos candidatos merece ser votado, pois isso representa um julgamento injusto que poderá beneficiar os piores candidatos em prejuízo dos melhores. 6º – Advertir eleitores menos informados de que o voto secreto lhes garante a liberdade de consciência, que está acima de compromissos ocasionais e espúrios com candidatos corruptores. Votar em eleições livres é assumir compromisso com a própria consciência. 7º – Repelir a ação dos cabos eleitorais que, a troco de dinheiro e outras recompensas, agem como agentes comerciais intermediários, fazendo do voto alheio uma mercadoria lucrativa e relegando o eleitor ingênuo à condição de explorado. 8º – Desprezar qualquer tipo de propaganda eleitoral que atente contra a lei e a propriedade pública e privada, pois candidato que não respeita a lei não pode merecer o respeito e muito menos a confiança de eleitor que pretende valorizar seu voto. 9º – Nunca esquecer que o voto consciente é que contribui para fortalecer o verdadeiro poder democrático, que é o Poder do Povo, representado no Governo e nos Legislativos pelos cidadãos que são eleitos em eleições livres e soberanas. 10º – Defender, seja onde for, a valorização do voto, mediante reconhecimento de que todos nós, que possuímos título de eleitor, somos responsáveis pelos atos daqueles que elegemos e podemos ser responsabilizados pela democracia que temos.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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