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Movimento de cargas no Amazonas tem retração no quadrimestre

Entre janeiro e abril deste ano, a movimentação portuária no Amazonas apresentou queda de 7,73% no volume de cargas transportadas em comparação com igual período do ano passado. Foram registradas cerca de 9.582.399 de toneladas de cargas no período. Os dados fazem parte do do Estatístico Aquaviário, levantado pela Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários). 

De acordo com o levantamento, nos primeiros quatro meses o volume embarcado apontou 3.861.352 milhões de toneladas, representando diminuição de 8,24% considerando o mesmo período de 2020. Em relação às operações de desembarque, também houve queda  de 7,39%, com 5.721.048 neste ano.

As instalações portuárias que mais movimentaram no período foram o Terminal Graneleiro Hemasa, operando 3,5 milhões de toneladas de cargas, indicando queda de 0,4% em comparação ao  primeiro quadrimestre do ano passado, o Porto Chibatão movimentou 2.2 milhões de toneladas, registrando tímido crescimento de 0,90%.

Conforme dados da Antaq, o perfil de carga que apresentou maior queda, no estado,  foi o de granéis líquidos e gasosos com 2,4 toneladas com menor volume de 30,83%. Os sólidos registraram redução de 1,03% que equivale a 3,6 toneladas de cargas. 

Somente em abril foram movimentadas 2, 2 milhões de toneladas com queda  de 10,25% em relação a igual período do ano anterior, foram 1,2 milhão de toneladas em cargas desembarcadas o que representa retração de 18,69%, no entanto, o volume de cargas embarcadas apresentou alta  de 3,20% somando 1,2 milhões de toneladas. 

Entre as mercadorias que apresentaram maior queda no quadrimestre, destaque, para as sementes e frutos oleaginosos, (2.735 toneladas) representando queda de 11,9%, combustíveis e óleos minerais (2.048 toneladas) com volume menor 33,66%, produtos químicos (422.271 toneladas) com queda de 10,61%, dentre outros. 

Por outro lado entre as mercadorias que apresentaram maior incremento nos últimos quatro meses, estão os cereais (642.147 toneladas) com alta de 129,68%, os semirreboques Baú aparecem em segundo lugar (418.999) alta de 47,47%, seguido de veículos automóveis, tratores 36,12%. 

Resultado esperado

Na análise da presidente do Sindarma (Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas), Jéssica Sabbá, o resultado está associado aos índices de contaminação da Covid 19, que afetou a atuação do segmento local, bem como a cadeia de atividades. Ela informou que o movimento de cargas apresentou redução diminuiu a nível nacional e, no Amazonas, não foi diferente.

“A atuação nos portos foi reduzida. Isso tudo é consequência da pandemia. A crise forçou várias cidades entrarem em lockdown minando o consumo e paralisando a economia.”

Ela destaca que a esperança na recuperação do segmento está no processo de vacinação aos profissionais de diversas áreas. “Não só no setor de transportes , mas no país inteiro. À medida que há a imunização a gente acredita que a economia volta a circular com mais força. Mas não apenas o aquaviário como o setor de transporte fluvial marítimo e rodoviário estão sendo vacinados e a gente acredita que deverá ter um aumento maior no consumo e também se espera das pessoas que estão sendo vacinadas na população em geral. 

Eu acredito que poderemos trabalhar com um pouco mais de segurança”, comentou.

Por dentro

Além da pandemia, é importante destacar que o setor também sofre com o volume das cheias no Estado.  A estrutura dos portos na capital foram impactadas causando grande dificuldade em suas operações.

Apesar de manterem as atividades, a maior dificuldade está na estrutura portuária daquelas áreas que atuam com o volume de carga geral. Conforme o Sindarma, entre os impactos estão a redução nas áreas de desembarque, o que deve fazer as balsas aguardarem outra embarcação se retirarem para conseguirem  atracar, além de aumentar o tempo de desembarque das mercadorias.

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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