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Mobilização ganha força contra greve no Amazonas

Antes de completar um mês, a paralisação dos auditores fiscais da RFB já gera prejuízos tanto para a indústria quanto para o comércio. Depois de o Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas) anunciar que entraria com recurso judicial para tentar interceptar a liberação de insumos na alfândega, chega a vez do comércio também se mobilizar. O presidente da ACA (Associação Comercial do Amazonas), Ismael Bicharra, informou que, se os grevistas interromperem definitivamente as atividades, a entidade também recorrerá ao MPF (Ministério Público Federal).
O presidente do Cieam, Wilson Périco, explica que o Centro vem realizando uma análise jurídica desde o começo do movimento do Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil). “As fábricas estão precisando replanejar o segundo semestre de modo que não precise parar por muito tempo ou demitir”, lamenta.
Com algumas linhas de produção já interrompidas, a opção da indústria é recorrer à Justiça. “Até agora, temos notícia de que cinco empresas precisaram suspender as operações por dois ou mais dias somente nesta semana”.
Sobre o documento, ele diz que a entidade está aguardando apenas os relatórios dos associados com as evidências de prejuízo devido à falta de insumos para produzir.
O representante destaca que não está contra os auditores e entende a luta por melhorias salariais. No entanto, “a atual situação já está interferindo tanto na produção quanto na sociedade”, diz.
No comércio, as perdas também já são notadas e a ACA teme que a greve possa influenciar diretamente no mau faturamento das vendas no Dia dos Pais. Para Bicharra, o prejuízo acumulado preocupa o desempenho geral do setor. “O ano não vem registrando os números positivos que esperávamos e com tantos obstáculos, a situação pode se prejudicar ainda mais”, diz, referindo-se a série de problemas – como a cheia do rio Negro.
“Esvaziar as prateleiras seria a gota d’água”, prevê. O Sindifisco Nacional ameaça suspender 100% do trabalho nas próximas semanas caso as reivindicações salariais não sejam acertadas junto ao Governo Federal.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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