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MK+ Academy, escola voltada ao desenvolvimento de games, chega a Manaus

Quem jogou Atari, no início da década de 1980, e continua com um joystick nas mãos agora com os modernos games, consegue perceber a evolução tecnológica desses jogos cada vez mais interativos e realistas. Quando a Atari (empresa) lançou o Atari (aparelho que recebia vários jogos), mudou completamente o conceito dos divertidos pinball, e fliperama, cujos grandes aparelhos ficavam geralmente em bares, trazendo-os, em tamanhos portáteis, para dentro de qualquer casa. Do Pong, considerado o primeiro jogo eletrônico da história, até o Minecraft, que reuniu 140 milhões de pessoas jogando simultaneamente, ou o League of Legends o jogo mais jogado no mundo, segundo o Instituto de Pesquisa NewZoo, muita coisa mudou, como por exemplo, os profissionais necessários para pensar e criar os games, antes limitados às grandes empresas internacionais, agora começam a ser formados em instituições e escolas. E Manaus já produz vários desses profissionais.

Atari foi o primeiro game doméstico lançado no mundo, no final da década de 1970 – Foto: Divulgação

No final de 2014 os alunos da primeira turma do curso de Desenvolvimento de Jogos Digitais, formados pelo Centro de Capacitação Samsung Ocean, na época instalado nas dependências da UEA, lançaram os primeiros seis games criados por eles durante o curso. Os alunos saíram com diplomas de programadores, designers e artistas gráficos direto para um segmento de mercado que não para de crescer no mundo.

Dados da SuperData, Departamento de Análise e Pesquisa da Nielsen Games, mostram que o setor de jogos eletrônicos obteve crescimento de 12% de faturamento em 2020, em relação ao ano anterior, atingindo receita de US$ 126,6 bilhões. No segmento de E-sports, que são as competições de jogos, os resultados são igualmente promissores. A expectativa é que, até 2024, a modalidade alcance um faturamento de US$ 1,6 bilhão.

League of Legends o jogo mais jogado no mundo, em 2020 – Foto: Divulgação

A partir de oito anos

Este mês começou a funcionar em Manaus, mais uma escola de games, a MK+ Academy, considerada a maior escola de desenvolvimento de jogos do país sendo instalada no primeiro piso do Amazonas Shopping, ocupando uma área de dois andares. A escola de capacitação é direcionada a desenvolvedores e empreendedores no mundo dos jogos eletrônicos.

De acordo com Gabriel Brocki de Almeida, sócio proprietário da MK+Academy, a escola está preparada para atender a um público que vai dos oito anos de idade em diante.

“O único pré-requisito que exigimos dos nossos alunos é que eles tenham no mínimo oito anos. A partir dessa idade já temos cursos básicos, para crianças até onze anos. Depois os cursos são para crianças de doze anos pra frente, sem limite de idade”, falou.

Mesmo aquelas pessoas que não dominam a informática podem se tornar profissionais na área, bastando interesse e força de vontade.

“O aluno que não tem informática básica, passa por um nivelamento, no qual vai se adequar e aprender as técnicas necessárias para começar em alto nível no desenvolvimento de games. Como em qualquer outra profissão, vai depender do esforço de cada um se tornar um profissional competente e qualificado”, afirmou.

E se para alguns segmentos a pandemia tem sido ruim, outros setores comemoram exatamente o fato de as pessoas terem ficado mais tempo em casa. Ainda de acordo com a SuperData, o total gasto em jogos digitais em março deste ano superou US$ 10 bilhões (cerca de R$ 56 bilhões) no mundo, representando o recorde do valor mensal. Na comparação com o mesmo período de 2019, o maior crescimento foi apresentado nos jogos para console (ou videogames de mesa) com 42%; em seguida vêm os jogos para celulares (14%) e por último os de computador (12%), o que torna cada vez necessária a busca por profissionais.

Juliano Dias Aguiar, também sócio proprietário da MK+, acredita no potencial de Manaus como um polo de desenvolvimento de games.

“Existe um interesse muito grande nessa área e a MK+, através dos seus cursos, pode ajudar muitas pessoas a desenvolverem suas habilidades nos diferentes nichos do segmento de jogos eletrônicos”, avaliou.

Leque de oportunidades

Até 2018, de acordo com o Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitais, existiam 375 empresas desenvolvedoras de jogos no país, sendo 71% delas microempresas, isto é, com faturamento anual de até R$ 81 mil.

“Na MK+ o aluno tem um leque de oportunidades. Através de nossos cursos ele pode se qualificar em designer gráfico, editor de vídeos, e criador de games 2D e 3D. O aluno começa no nível básico e vai evoluindo até chegar a um alto nível de desempenho. Na escola, desenvolvemos os alunos exatamente para disponibilizá-los no mercado de trabalho, depois, fica a critério dele decidir onde quer atuar”, revelou Gabriel.

Uma das áreas que mais cresceu durante a pandemia foi a de tecnologia. As empresas tiveram que migrar para a área digital, marketing digital, passaram a trabalhar mais com anúncios em vídeos.

“Além dos games, os alunos da MK+ também saem preparados para atuar nesse outro segmento”, finalizou Gabriel.

Foto/Destaque: Divulgação

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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