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Ministro promete execução de obras da BR-319 ainda este ano

Divulgação

Sem dúvida, a epidemia de Covid-19 mudou o foco sobre a importância da realização das obras na BR-319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO). Mesmo assim, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, anunciou que ainda este ano deve começar a recuperação da estrada – crucial e muito estratégica para alavancar o intercâmbio econômico e comercial da região com outros Estados do País.

A informação é do senador Eduardo Braga (MDB/AM). O parlamentar disse que manteve uma audiência, na sexta-feira (22), com o ministro da Infraestrutura do governo Jair Bolsonaro (sem partido) para tratar do assunto. E demonstra ter saído animado da reunião.  

“Reiterei a necessidade da edição de uma medida provisória (MP) para erradicar todos os entraves burocráticos que atrasam a execução das obras de recuperação da BR-319, que liga as duas capitais da Região Amazônica”, ressaltou o parlamentar amazonense durante o encontro com Freitas.

Já se vão anos e anos de mobilização sobre este assunto, que há mais de uma década serve de bandeira de luta para muitos políticos e empresários da região. Agora, para os mais otimistas, surge uma luz no fim do túnel com as garantias dadas pelo ministro, mesmo diante da crise humanitária e de saúde que afeta a vida financeira da União e, por tabela, a dos próprios brasileiros em geral. 

Quando esteve em Manaus recentemente, o ministro anunciou que o projeto da BR-319 sairia do papel e teria início, no máximo, no verão de 2020, a partir de julho. Mas como antes, voltam à tona as questões ambientais. Tarcísio de Freitas disse ao senador do Amazonas que faltam ainda eliminar os gargalos sobre os impactos das obras ao meio ambiente. 

Ao longo da estrada, comunidades ribeirinhas e etnias indígenas dependem da preservação da floresta, de onde tiram o seu sustento. Animais silvestres também seriam afetados com as obras. “Sabemos da importância que representa a recuperação da BR-319 para todos os Estados que formam a Amazônia Ocidental. Mas precisamos retomar esse projeto com muito cuidado, sem prejuízo para o meio ambiente, para as comunidades”, afirmou o ministro. “Mas o governo já deu garantias de que as obras serão retomadas no tempo certo”, acrescentou.

Freitas afirmo ainda ao parlamentar que a BR-319 continua sendo uma prioridade do Ministério da Infraestrutura. “É prioritário o projeto, ainda que seja um dos empreendimentos mais complexos, pois envolve questões ambientais, legais, entre outras”, explicou o ministro. 

O investimento nas obras é altíssimo. Cada quilômetro de pavimentação da rodovia BR-319 custará R$ 3 milhões, em média, chegando por volta dos R$ 1,2 bilhão necessários para a conclusão dos 400 quilômetros da rodovia federal. 

O senador Eduardo Braga disse que há quase dois anos vem tratando do assunto com o governo federal para que essas licenças ambientais em torno das obras na BR-319 sejam destravadas. “Tratei dessa mesma questão com o governo de Michel Temer, assim como da então presidente Dilma Rousseff. Estou muito preocupado porque o tempo está passando”, afirmou.

Braga avalia, porém, que o momento é propício para destravar esses impedimentos que se arrastam há tantos anos na execução das obras de recuperação da BR-319. Ele disse estar mais esperançoso na retomada do projeto depois que o governo federal liberou os aeroportos de Eirunepé e São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, para pousos e decolagens de aeronaves do porte ATR 72.

Esses aviões têm capacidade de transportar até 72 passageiros. E podem fazer os trechos sem limite de frequência semanal, conforme decisão da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil. “Isso possibilita a redução das exorbitantes tarifas hoje cobradas e a abertura de novas rotas regionais. Novas liberações serão concedidas para o interior”, ressaltou o senador.

Fonte: Marcelo Peres

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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