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Mineiros têm R$ 30 mi para investir no Cecomiz

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De olho no poder de compra da classe operária do PIM (Polo Industrial de Manaus), formada por 100 mil trabalhadores diretos, a direção do Uai Shopping está tentando negociar com a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) a aquisição do Cecomiz, situado na zona sul da cidade. O grupo mineiro está disposto a investir R$ 30 milhões no empreendimento comercial, mas para isso depende do aval da autarquia.
Localizado no Distrito Industrial, o centro comercial é apontado como o mais antigo shopping da cidade, mas desde outubro de 2009 está com suas vendas comprometidas por conta do incêndio que destruiu todo o bloco Rio Negro, onde funcionavam 59 unidades, entre lojas e estandes, além da sede administrativa do Cecomiz. O fogo destruiu também o posto da Receita Federal e agências dos Correios/Banco Postal e do Banco do Brasil que funcionavam no local, além do Telecentro (posto de cursos da Suframa).
O diretor de operações do grupo Uai, Elias Tergilene já se reuniu com a direção da Alomiz (Associação dos Lojistas do Cecomiz) e na ocasião protocolou uma carta de intenção, mas ainda não conseguiu conversar com a direção da Suframa para tratar do assunto, haja vista que o prédio pertence à autarquia e é alugado para os lojistas. “Estamos tentando agendar uma reunião com a superintendente Flávia Grosso para tratar do assunto, mas ainda não obtivemos êxito”, lamentou.
O empresário admite o interesse do grupo Uai pelo centro de compras e garante estar disposto a comprar ou pelo menos alugar o empreendimento. “De uma forma ou de outra precisamos do aval da Suframa para negociar o Cecomiz, que para nós é de vital importância, porque está estrategicamente bem situado nas imediações do Distrito Industrial”, justificou.

Local atrativo

Valendo-se de pesquisa encomendada, Elias contou que normalmente as pessoas compram quando saem do trabalho, ou seja, quando estão voltando para casa ou esperando a hora de ir para a escola. A intenção do grupo mineiro é tornar o Cecomiz um local atrativo para se comprar e comer, o que aponta para a ampliação das lojas e da praça de alimentação.

Aposta do grupo é em projetos para a classe C

Antes do incêndio, ocorrido no dia 9 de outubro de 2009, em torno de mil pessoas trabalhavam no Cecomiz, em dois blocos: Solimões e Rio Negro. O primeiro está funcionando normalmente. Na ocasião do incêndio o shopping ficou parado por um bom tempo, o que levou a presidente da Alomiz, Daniella Lopes Cavalcanti Soares, a pedir o apoio dos deputados na ALE (Assembleia Legislativa do Estado).
Os lojistas apostam no interesse do grupo mineiro. A empresária, Edinamara Malheiros, que teve sua loja de artigos femininos destruída pelo fogo, disse que o interesse do grupo Uai pelo centro de compra é uma boa pedida, haja vista que não há perspectiva do galpão ser reconstruído na atual conjuntura. “A área queimada pelo fogo já foi demolida. Além disso, estamos todos no prejuízo porque perdemos nossos produtos no incêndio”, afirmou.
A reportagem do Jornal do Commercio obteve a seguinte resposta da Suframa por meio de sua assessoria de imprensa: “A Suframa está aberta para receber propostas e a destinação da área (Cecomiz) está em análise pela autarquia”.

Novo conceito

O grupo mineiro está trazendo para capital amazonense um conceito de shopping center popular, um novo nicho de mercado que se abre visando a classe C. O primeiro a ser adquirido pelo grupo Uai foi o Shopping São José, na zona leste, no início do ano. Tergilene garante já ter investido R$ 4 milhões no empreendimento que, segundo ele, está em processo de expansão das lojas e da praça de alimentação. “No segundo andar, todas as lojas disponíveis já foram locadas”, afirmou, ressaltando que novas marcas como Habbib’s, Picanha Mania, Marisa estão se instalando no Shopping Uai São José. “Até as Lojas Americanas estão querendo ir para lá, mas não temos espaço no momento”, completou.
A ampliação do shopping já está programada para 2011. Elias Tergilene informou que a intenção é dobrar o tamanho do empreendimento, dos atuais 27 mil metros quadrados para 60 mil metros quadrados. O empresário reforça o interesse do grupo em investir em shopping popular. “Temos lojas que praticam preços mais acessíveis, e, ao mesmo tempo, mantemos todas as características de um shopping convencional com arquitetura moderna e agradável, mix planejado, legalidade, segurança, conforto e higiene”, finalizou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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