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Metro quadrado dos imóveis de Manaus sobe em outubro

O metro quadrado dos imóveis de Manaus emendou uma sétima rodada mensal consecutiva de elevação nos preços médios, na passagem setembro para outubro. E voltou a acelerar. A variação foi positiva em 1,13%, elevando o valor de R$ 5.517 para R$ 5.579. Foi um movimento mais acentuado do que o do mês anterior (+0,48%), e novamente bem acima da média brasileira (+0,43%). Os dados são do Índice FipeZap, estudo mensal da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) que acompanha as flutuações do mercado imobiliário de 50 cidades brasileiras, e que foi divulgado nesta quinta (4).  

Na média nacional, o Índice FipeZap de outubro (+0,43) replicou o dado de setembro, permanecendo distante do recorde de julho deste ano (+0,64%). Também ficou aquém do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) aguardado pelo mercado financeiro para o mesmo mês (+0,89%), apontado na pesquisa Focus/BC. Em dez meses, os respectivos percentuais foram +4,23% e +7,85%. O dado anualizado do indicador também apresentou alta nominal média significativa para os imóveis em todo o país (+5,18%) e igualmente abaixo da inflação oficial projetada pelo mercado financeiro (+10,28%).

O aumento mensal fez Manaus escalar da décima para a quinta colocação do ranking das 16 capitais analisadas pelo indicador – que tomou como base 1.440 anúncios imobiliários locais. Perdeu apenas para Maceió (+1,58%), Vitória (+1,46%), Curitiba (+1,31%) e Goiânia (+1,15%). Em contrapartida, Campo Grande, Florianópolis (ambos com +1,12%), Brasília e João Pessoa (os dois com +0,78%), Fortaleza (+0,84%), Belo Horizonte (+0,73%), Recife (+0,39%), São Paulo (+0,19%) e Rio de Janeiro (+0,12%), Salvador (+0,03%) tiveram altas inferiores à da capital amazonense. O único dado negativo veio de Porto Alegre (-0,07%).

No acumulado do ano, Manaus (+9,33%) se segurou na sexta posição, com mais do que o dobro do número brasileiro (+4,23%). Vitória (+17,55%) ainda lidera a lista, enquanto Maceió (+14,13%), Florianópolis (+12,58%), Curitiba (+12,35%) e Goiânia (+10,93%) também aparecem à frente da capital amazonense. Abaixo desse patamar estão Brasília (+7,13%), João Pessoa (+6,53%), Porto Alegre (+4,95%), Campo Grande (+4,05%), Fortaleza (+3,97%), São Paulo (+3,39%), Recife (+3,15%), Belo Horizonte (+2,27%), Rio de Janeiro (+1,80%) e Salvador (+1,48%), em uma lista sem retrações. 

Na variação de 12 meses, a capital amazonense (+13,61%) caiu da quarta para a quinta colocação entre as capitais brasileira e corresponde a quase o triplo do dado nacional (+5,18%). Foi superada por Vitória (+20,75%), Maceió (+17,44%), Florianópolis (+14,45%) e Curitiba (+14,20%). Nas posições seguintes estão Goiânia (+12,95%), João Pessoa (+8,55%), Brasília (+7,92%), Porto Alegre (+6,12%), Fortaleza (+5,88%), Recife (+5,01%), Campo Grande (+4,88%), São Paulo (+3,39%), Salvador (+2,59%), Belo Horizonte (+2,42%) e Rio de Janeiro (2,39%).

Bairros em alta

Pelo segundo mês seguido o bairro Ponta Negra (R$ 6.400) – na zona Oeste – suplantou o Adrianópolis (R$ 6.271) – na zona Centro-Sul – no ranking do metro quadrado mais caro de Manaus. Aleixo (R$ 6.047), Nossa Senhora das Graças (R$ 5.628) – ambos na zona Centro-Sul – e Dom Pedro (R$ 5.523) – na zona Centro-Oeste – vieram em seguida, sem alterações nas colocações, em relação a setembro. Em 12 meses, as respectivas variações foram +17,3%, -3,7%, +22,8%, +5,2% e +20%.

No sexto lugar ainda está o Parque 10 de Novembro (R$ 4.781) – na zona Centro-Sul –, ultrapassando a Compensa (R$ 4.673) – na zona Oeste. Na sequência vieram Flores (R$ 4.492) – zona Centro-Sul –, Centro (R$ 3.903) –zona Sul – e Chapada (R$ 3.722) – zona Centro-Sul nas mesmas posições do levantamento anterior. Na comparação com os valores registrados no mesmo mês do ano passado, os três primeiros apresentaram valorização (+9,4%, +34% e +21,5%), enquanto os demais sofreram decréscimos (-0,6% e -7,6%).

A despeito da nova alta, o preço médio do metro quadrado de Manaus (R$ 5.579) está 28,46% aquém do valor da média nacional (R$ 7.799) – embora essa margem venha sendo reduzida mês a mês. O valor local está próximo a cidades médias do Sudeste, a exemplo de Campinas (R$ 5.478), Santos (R$ 5.379) e Vila Velha (R$ 5.763). Segue em 12º lugar entre as 16 capitais brasileiras listadas pelo FipeZap, à frente de Salvador (R$ 5.327), Goiânia (R$ 4.990), João Pessoa (R$ 4.806) e Campo Grande (R$ 4.486), ficando logo atrás de Maceió (R$ 6.040). Os valores mais elevados estão em São Paulo (R$ 9.640), Rio de Janeiro (R$ 9.616) e Brasília (R$ 8.617). 

“Tendência de equilíbrio”

Em entrevistas anteriores à reportagem do Jornal do Commercio, o diretor da Comissão da Indústria Imobiliária da Ademi-AM (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas), Henrique Medina, ressaltou que o novo aumento do metro quadrado de Manaus está “alinhado com o resto do Brasil” e bem abaixo da valorização de outras cidades brasileiras. O dirigente considera que a capital amazonense vem estabilizando seus preços e explica que os aumentos mais recentes se deram em virtude dos lançamentos imobiliários, que adotaram novos custos de produção e novos preços de venda.

“Acreditamos que estamos chegando a um equilíbrio nesses preços, visto que alguns insumos de construção, como o aço, já começam a estabilizar seus custos. Temos que ver isso ainda com muita cautela. O aumento dos combustíveis e do dólar preocupam muito o setor, porque podem induzir novas elevações nos valores. Nós, do Amazonas, sofremos um pouco mais com a inflação dos combustíveis, porque a grande maioria dos insumos que vem para nossa região chega por modal rodoviário, assim como por transporte marítimo ou fluvial, que aumentaram sobremaneira”, concluiu. 

Foto/Destaque: Divulgação

Marco Dassori

É repórter do Jornal do Commercio
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