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Metalúrgicos conseguem reajuste salarial de 7%

Os metalúrgicos da indústria do Amazonas conseguiram um reajuste de 7% no dissídio salarial da categoria, que está sendo considerado o maior do país, acima da inflação de 5% registrada no ano passado.
Esse percentual de aumento será concedido a quem ganha o piso salarial, enquanto para os demais o reajuste ficou em 6%. Para os trabalhadores da indústria naval a elevação nos ganhos financeiros atingiu 8%.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, Valdemir Santana, disse que o aumento acima da inflação foi um ganho da categoria, que nos últimos cinco anos não obtinha um reajuste tão alto como esse. “Foi a maior elevação salarial concedida aos metalúrgicos no país; considerando a inflação do período, conseguimos 2% de aumento real, enquanto no ano passado essa variação foi de 1,5%”, justificou.
Segundo o presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Maurício Loureiro, o percentual de reajuste foi estabelecido em consenso entre o sindicato dos trabalhadores e das empresas. “Além da inflação dos últimos 12 meses, considerou-se a capacidade financeira de cada indústria, que se julgaram capazes de efetuar um pagamento acima do índice inflacionário”, comentou o dirigente.

Média salarial

O representante das empresas considera que o PIM (Pólo Industrial de Manaus) tem proporcionado uma boa média salarial aos trabalhadores. Segundo os indicadores econômicos da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), 52,75% dos funcionários do pólo de Manaus recebem entre um e meio a quatro salários mínimos (R$ 570 a R$ 1.520).
“Se considerarmos que a maior parte dos trabalhadores recebe de R$ 760 em diante, nossa mão-de-obra não está sendo mal paga”, frisou Maurício Loureiro.
De acordo com os indicadores da Suframa, 26,4% dos empregados do Pólo Industrial de Manaus ganham entre um e meio a dois salários mínimos, 26,34% recebem entre dois a quatro salários, 7,8% dos trabalhadores tem rendimentos financeiros entre R$ 1.520 e R$2.280, 5,5% recebem de seis a dez salários mínimos, enquanto 4,8% ganham acima de R$ 3.800.

Valores pagos

Os indicadores da autarquia também revelam que um número expressivo de funcionários têm ganhos inferiores a R$ 760, atingindo a 29% do total de empregados com rendimentos de até um e meio salários mínimos. No geral, a média de salários pagos pela indústria do PIM neste ano é de R$ 1.241.56, incluindo os encargos e benefícios sociais esse valor atinge R$ 2. 483,13, segundo os dados técnicos da Superintendência da Zona Franca de Manaus.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos ainda considera que as empresas do pólo estão pagando, principalmente aos operários, um salário inferior ao mínimo necessário para suprir as necessidades básicas de uma pessoa.
De acordo com Valdemir Santana, a média salarial apresentada pelos indicadores da Suframa não contempla a realidade da maior parte dos trabalhadores da indústria local.

Sindicato diz que operário ganha R$ 550

Valdemir Santana assinalou que a maioria dos empregados do Pólo Industrial de Manaus, constituída pela classe de operários, ganha cerca de R$ 550. “O que é muito pouco e insuficiente para atender as necessidades básicas do trabalhador, por isso lutamos para melhorar a renda dessas pessoas”, refutou o sindicalista, explicando que a média de renda na Zona Franca de Manaus, apresentada pela autarquia é alta devido o cálculo ser obtido do somatório entre uma minoria de renda elevada com uma maioria com ganhos muito baixo.

Benefícios sociais

Além de criticar os rendimentos financeiros da categoria, como os operários, o representante dos metalúrgicos disse que a maior parte das empresas do PIM não tem oferecido benefícios sociais, como plano de saúde aos seus funcionários.
“Muitas fábricas do PIM não disponibilizam convênio médico aos seus trabalhadores, o que torna ainda mais agravante a situação da classe operária que ganha em média R$ 550”, assinalou o representante d

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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