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Metalurgia projeta crescer 10% em 2008

Ancorada na produção do pólo de duas rodas e das indústrias de eletroeletrônicos, a metalurgia amazonense prevê expansão de 10% na produção local do Estado este ano, o que significaria um faturamento superior a US$ 1.642 bilhão ante o volume de US$ 1.493 bilhão obtido no ano passado.
O presidente do Sinmem (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas de Manaus), Athaydes Félix Mariano, disse que vários fatores podem consolidar esse objetivo, entre eles a alta do preço do aço no mercado interno que poderá impactar nos setores eletroeletrônicos e de motocicletas, além da estimativa de crescimento em pelo menos 10% no volume produzido pelo pólo de duas rodas.
O executivo considerou a elevação de 7% nos investimentos fabris como uma das respostas das metalurgias locais em relação ao bom momento da demanda por linhas galvanizadas. “A elevação desse volume aplicado pelas empresas do setor nos dá a certeza de traçar metas calcadas num crescimento exponencial até 2010”, acrescentou Mariano.

Indicadores
industriais
Os números da indústria metalúrgica de fato em nada deixam a desejar a outros setores da economia local. Segundo os indicadores da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), os investimentos até o primeiro trimestre deste ano (cerca de US$ 300.71 milhões) já superam os US$ 280.84 milhões, total investido no ano passado. Já o faturamento, com um salto de 51,27% no ano passado em relação a 2006, passou de US$ 1.051 bilhão para US$ 1.493 bilhão. “Um recorde absoluto que poderá ser batido este ano com a elevação da produção estimada para este ano”, asseverou Athaydes Mariano.
Por outro lado, o estudo do Dieese apontou que, em 2007, o número de trabalhadores metalúrgicos no Estado (cerca de 72.796) cresceu 10,13% em relação ao ano anterior. Em 2006, segundo a mesma fonte, o setor já havia percebido um generoso crescimento de praticamente 21% nas frentes de trabalho.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Valdemir Santana, o adensamento do pólo de duas rodas, que este ano deverá receber mais quatro fábricas, deve elevar esse número de trabalhadores para pelo menos 85 mil. “É um setor que está se especializando cada vez mais, exigindo uma série de critérios para o quadro pessoal. Por isso, nossa expectativa é de que haja mais investimento em capacitação de mão-de-obra, já que vem evoluindo de forma satisfatória na oferta de emprego no Estado”, ressaltou.

Equipamentos de informática têm alta de 129%

Os setores da indústria metalúrgica que apresentaram maior crescimento este ano foram os de materiais para escritório e equipamentos de informática (129%), Máquinas e equipamentos (11,4%) e autopeças, encarroçadoras (11,1%).
A avaliação é de que o aumento de crédito e facilidades para o financiamento em todos os segmentos do setor, somado a queda na taxa de juros, retomada da agricultura, ritmo da atividade econômica, e a melhora na renda dos trabalhadores são os fatores que explicam esse movimento.
Com esse crescimento, entretanto, surgiram novos gargalos que necessitam de investimentos. Segundo o diretor executivo da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), Moacyr Alberto Paes, a capacidade das metalúrgicas locais ainda não supre totalmente a necessidade do pólo de duas rodas, o que mantém a região sob observação nos próximos dez meses, intervalo durante o qual as empresas terão resultados mais precisos sobre o setor para definirem seus investimentos.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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