O Ministério da Fazenda informou na tarde desta terça-feira (15), que as novas metas fiscais para 2017 e 2018 serão divulgadas amanhã (15), às 10h.
O presidente Michel Temer e os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, tiveram ontem (14) a reunião final para definir em quanto vai aumentar a meta de deficit primário para este ano e para 2018.
O deficit primário é o resultado negativo nas contas do governo, desconsiderando os juros da dívida pública. Originalmente, a meta de deficit estava fixada em R$ 139 bilhões para este ano e em R$ 129 bilhões para o próximo. No entanto, a arrecadação ainda em queda e uma série de frustrações de receitas dificultaram o cumprimento da meta original.
Em entrevista ao Jornal do Commercio, o professor Ricardo Balistiero, do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia, em São Paulo, explicou que “o governo está tendo dificuldades em dar o resultado da meta fiscal por dois motivos: o primeiro é porque os números são ruins e desmoralizam o governo; o segundo motivo o governo ainda está ‘pagando as contas’ com os deputados no que tange as emendas negociadas no processo de ‘salvação’ de Temer”.
Anteriormente fixada em R$ 139 bilhões, espera-se que, agora, os novos valores atinjam os R$ 159 bilhões. “E esse é o deficit primário, ou forma primária, sem os juros da dívida. Com os juros, na forma nominal, esses valores podem ultrapassar os R$ 400 bilhões”, afirmou o professor.
