Na sua primeira exposição pública após ser confirmado como ministro do novo governo, Guido Mantega (Fazenda) enfatizou a necessidade de corte de gastos de custeio e, pela primeira vez, colocou como prioridade da política econômica a geração de emprego.
Até então, a equipe econômica sempre enfatizou que não era possível buscar vários objetivos. Daí a opção pelo controle da inflação que traria, na esteira, o crescimento e mais empregos. Hoje, Mantega foi direto. “A geração de emprego é uma das prioridades máximas da política econômica”, disse. O ministro ressaltou ainda que isso será perseguido com mais crescimento e sem aumento do endividamento público.
Para tentar afastar as dúvidas sobre a postura fiscal no próximo governo, Mantega disse que vai reduzir da dívida pública de 41% do PIB para 30% do PIB, em 2014 e enfatizou que, depois do aumento dos gastos nos últimos anos, “2011 será um ano de recuperação fiscal com corte de gastos de custeio para aumentar a poupança pública”.
Nesse linha, avisou que o BNDES receberá menos recursos e que os financiamentos necessários terão que ser supridos pelo setor privado. Nos últimos meses, o BNDES recebeu aporte de mais de R$ 180 bilhões.
Para controlar as contas públicas, Mantega citou como fundamental que não sejam aprovados projetos em tramitação no Congresso, entre eles a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 300, que eleva salários na área de segurança pública. Segundo o ministro, isso representaria aumento de gastos de R$ 46 bi para União, Estados e municípios.
Além disso, Mantega citou aumento do Judiciário, reajuste de aposentados que ganham mais do que dois salários mínimos, aumento do salário mínimo acima dos R$ 540 negociados pelo governo e recomposição salarial dos funcionários públicos federais.
Mantega deu entrevista no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), ao lado de Miriam Belchior (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central), que compõem a equipe econômica da presidente eleita, Dilma Rousseff.
Meta é gerar empregos e erradicar a miséria
Redação
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