A renda das famílias brasileiras cresceu quase 20% nos últimos dois anos. Isto levou o país a melhorar sua posição no ranking mundialde consumo. O incremento real –descontada a inflação– corresponde a R$ 194bilhões no somatório da renda de todas as famílias em relação a 2005. O auspicioso resultado veio de um estudo da consultoria MB Associados, realizado com dados mais recentes (2006) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE.
A massa da renda familiar é o principal indicador de consumo da população. Segundo o trabalho, o total da renda das famílias, em 2007, chegou R$ 1,168 trilhão. Em 2005, era de R$ 975 bilhões. A diferença é explicada pela recuperação da renda e do emprego.
Em razão da expansão de seu consumo interno, o Brasil tornou-se um dos mercados mais expressivos do mundo. Ante a tendência positiva que se observa na economia, estima-se, para este ano, um crescimento de 7,9% na renda familiar, o que a elevará para R$ 1,26 trilhão. Caso se confirme a estimativa, o aumento entre 2005 e 2008 seria de 29%.
Com tais números, o país passou ser um dos maiores mercados de consumo do mundo para vários produtos. Em vendas de automóveis, para exemplificar, já ocupamos o 7º lugar, com possibilidade de pular para o 5º até o final de 2008.
Diante de um mercado de 10,7 milhões de computadores em 2007, de acordo com os dados da consultoria IDC, o Brasil passou a ocupar o 5º lugar no ranking de PCs, após EUA (64 milhões), China (36 milhões), Japão (13 milhões) e Reino Unido (11,2 milhões) e muito à frente da Índia (6,4 milhões), em 9º lugar. No segmento de celulares, onde também estamos em 5º lugar em número de linhas. A Nokia, líder na indústria –com atividades concentradas no PIM– teve crescimentoanual de 20% nos últimos anos, bem maior que sua projeção de 12%.
Observa-se na economia uma dinâmica de crescimento que vem transferindo milhões de consumidores para classes de renda mais altas (da D e E para a C e desta para as classes B e A), impulsionando de forma significativao mercado de bens de consumo durável.
São notícias alvissareiras –uma vez que o PIM concentra sua produção em bens de consumo para comercialização no mercado nacional, principalmente –que irão refletir-se no crescimento dos investimentos, da renda, do emprego e da arrecadação tributária em Manaus. Tudo leva a crer que 2008 poderá trazer boas surpresas para a Suframa. Tende a ser também um ano auspicioso para a ZFM e para o Amazonas.
Cresce o agronegócio
O agronegócio tem crescido no Brasil, nos últimos anos, de forma espetacular. Com a demanda explosiva de produtos agrícolas –commodities de modo geral– na China, alimentada por um crescimento do PIB da ordem de 10% há muitos anos, os preços dos produtos primários dispararam. Oagronegócio brasileiro vendeu, em 2007, no mercado internacional, US$ 58.4 bilhões. O valor correspondeu a mais de um terço de tudo o que o país exportou nesse ano. Graças à demanda de bilhões de pessoas, na China a na Índia, a procura por alimentos vem se mantendo aquecida, compensando a crise que os EstadosUnidos atravessam e que arrefece o crescimento da maior locomotiva da economia mundial. O desempenho das exportações está permitindo o crescimento das importações no Brasil –o que é bom, uma vez que o comércio internacional é umavia de duas mãos–, o que favorece o consumidor, controla pressões inflacionárias e permite que as empresas importem bens de capital que lhes possibilita atualizar suas tecnologias. Importações maiores, desde que compensadas por exportações, são altamente positivas para a modernização da economia. O complicador dessa equação é a maior oferta de dólares, que valoriza o real. Mas, a moeda americana está se desvalorizando frente a outras moedas, o que força a economia brasileira a diversificar seus mercados de exportação e, mais importante, induz as empresas a se tornarem mais eficientes e competitivas. É um caminho árduo, mas altamente proveitoso se forem vistas as oportun
