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Mercado imobiliário amazonense em crescente retomada neste ano

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Melhores condições de crédito, aumento do PIB (Produto Interno Bruto) e a redução do desemprego, foram os principais fatores que estimularam a crescente retomada do mercado imobiliário no Amazonas. No terceiro trimestre do ano, o setor registrou um faturamento de R$236 milhões. Os dados foram divulgados ontem (30), pela Ademi-AM (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário) e Sinduscon-AM (Sindicato da Indústria da Construção Civil. 

Somado aos dois primeiros trimestres de 2019, o valor chegou a R$578 milhões. Os números correspondem a 95,8% de rendimentos obtidos em comparação ao ano de 2018, quando a receita representou R$603 milhões. No início do ano a projeção era chegar a 32% (R$ 794 milhões), com a crescente retomada do setor houve um aumento de 55% nas estimativas, cerca de R$ 933.600 milhões.

“Todos esses fatores são importantes incrementos na economia, e também é claro, as condições de juros que hoje estão sendo ofertadas pelo mercado. Com a redução da Selic certamente os bancos procuram reduzir seus juros. Além disso, a Caixa lançou um plano de crédito para pessoa física bastante interessante, atrelados ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em números de 3% mais uma parcela fixa que varia de 2,9% até 3%. Esse indicador é um termomanômetro importante que demonstra a confiança do empresário”, explica o diretor da comissão da indústria imobiliária da Ademi-AM, Henrique Medina.

Segundo o economista Farid de Mendonça Jr., a Taxa Selic definida pelo Banco Central é o principal parâmetro sobre os juros no país, que funciona como uma referência para a definição dos juros pelas demais instituições financeiras no momento da negociação de seus produtos e serviços, seja por empréstimos e financiamentos ao mercado.

“Quando a Taxa Selic cai, as instituições tendem a baixar as taxas de juros praticadas nas negociações. O inverso também é verdadeiro, ou seja, se aumenta a Selic, a tendência é que as instituições também aumentem suas taxas. A atual trajetória de queda da Taxa de Juros está amparada no atual controle da inflação, também em decorrência da baixa atividade econômica, haja vista que o Brasil está lentamente recuperando sua atividade econômica, ou seja, saindo da crise”, explicou.

Lançamentos

De acordo com a Ademi-AM, até o terceiro trimestre de 2019 o setor registrou o lançamento de sete empreendimentos residenciais, totalizando 2.117 unidades. Em comparação ao fim do ano passado foram lançados 6 empreendimentos no total, que representaram 2.140 unidades. Faltando apenas o quarto trimestre para fechar o ano, o mercado imobiliário ainda tem o desafio de conquistar 39% para alcançar a meta, cerca de R$355 milhões.

Henrique Medina ressalta, que os números positivos criam um cenário de otimismo para atrair novos investidores e estimular o consumo de novos produtos no mercado. “Todas essas condições fazem com que o consumidor e a incorporadora fiquem mais otimistas. O consumidor compra mais e o incorporador vende mais, lançando novos produtos no mercado”, disse.

Medina explica que as facilidades oferecidas no mercado nos últimos meses, tem contribuído para a crescente venda de produtos convencionais, financiados pelos recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos). “Perto de junho e julho, nós começamos a notar o aumento de vendas dos produtos convencionais fora do 'Minha Casa Minha Vida', produtos com preço de venda acima de R$ 190 mil. Os números de vendas foram bastante relevantes. A partir do momento que o governo federal reduz as taxas de juros, os juros atrelados a poupança também são reduzidos, e isso faz com que o consumidor tenha vontade de comprar imóveis”, destacou.

De acordo com Farid, conforme a economia projeta uma recuperação acentuada, principalmente com a retomada dos empregos, as famílias amazonenses tendem a consumir mais, sendo atraídas pelas históricas baixas taxas de juros praticadas pelo mercado brasileiro.  “As taxas de juros baixas tendem a atrair mais famílias e consumidores a tomar dinheiro emprestado ou financiado para adquirir seus bens e serviços”, disse.

Por dentro

Os Bairros que representaram juntos 59,8% das unidades vendidas no terceiro trimestre de 2019 foram: Tarumã (254), Ponta Negra  (140), Planalto (127), Alvorada (117), São Geraldo (92) e Lago Azul (87). Em relação às vendas dos Bancos, os Bairros que representaram juntos 78,2% foram Tarumã Açu (45), Ponta Negra (30),Compensa (18) Parque 10 de Novembro (15), no total foram vendidas 138 unidades.

 

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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