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Mercado de seguro animado com cenário à vista no Amazonas

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Deve demorar, as mudanças sinalizam ser pontuais, mas a liberação do porte de armas de fogo promete impactar de alguma forma o segmento de seguros. Independentemente da medida federal, o ano é promissor para o segmento, dada a recuperação da economia e o fato de o mercado amazonense ainda ser pouco explorado.

“A lei permite apenas a posse da arma e faz várias restrições. Acredito que as ocorrências de sinistros que poderão gerar não impactarão significativamente nos negócios”, declarou o presidente do Sincor-AM/RR (Sindicato dos Corretores e das Empresas Corretoras do Amazonas e Roraima), Jair Antonio Martins Fernandes.

O dirigente pondera que, caso a demanda seja significativa, é possível despertar o interesse das seguradoras para a criação de produtos de seguro, específico, assim como nas “ocorrências dos sinistros”.

Proprietário da Arte Real Corretora e membro da diretoria do Sincor-AM/RR, Ernesto Vasconcelos, lembra que isso ainda não aconteceu. “Existe para armas de colecionador, não de uso habitual”, informou.

Vasconcelos avalia, contudo, que outras modalidades já presentes devem sofrer influência, como o seguro de vida e o seguro property de residência e empresa, com cobertura adicional de roubo e responsabilidade civil com danos morais. “Quanto a desfavorecidos, acredito que não teremos”, acrescentou.

Sócio e diretor da Mais Proteção Financeira, Erico Leonardo Pereira Parente, também não vê mudanças no curto prazo. O corretor, que também integra a diretoria da entidade, salienta que o mercado acompanha as mudanças, por meio de estudos socioeconômicos, e “entende a necessidade de seguros em função de um possível aumento da violência urbana, sobretudo homicídios”.

Ano promissor

Independentemente da medida, a expectativa é que a demanda deve ser forte em 2019, principalmente para o seguro de vida. “Temos boas expectativas para a economia. Se isso ocorrer, todos os ramos se beneficiarão e deveremos fechar o ano com crescimento significativo”, adiantou o presidente do Sincor-AM/RR.

O mercado brasileiro cresceu 9,18% até novembro, não incluindo o VGBL e o DPVAT – com a inclusão, houve queda de 0,82%. O destaque nacional foi a região Norte, com alta geral de 23,73%. “O aumento se deu em todos os ramos e foi maior que todas as regiões do país. O Amazonas avançou 23,78% no ramo de pessoas, 44,28% no patrimonial, e 20,75% no de automóvel”, informou Jair Fernandes.

A expectativa da Mais Proteção Financeira é crescer de 15% a 20% em 2019. Érico Parente conta que, embora sua empresa tenha apenas 18 meses, sua atuação pessoal no mercado já contabiliza dez anos. “Em 2018, houve um crescimento de 200% em nosso fluxo de negócios”, destacou.

Seu foco de trabalho é em benefícios de vida, saúde e Previdência, com ênfase na proteção financeira e planejamento futuro das famílias. “Também atuamos nos demais ramos. Mas, o seguro de veículos em 2017 e 2018 foi bem inexpressivo, em função da queda do número de venda de veículos novos”, ressaltou.

Arte Real Corretora projeta crescer 22% em 2019. Segundo Vasconcelos, planos de saúde e seguros de vida, saúde e dental devem continuar em alta. A ênfase é a Previdência Privada, em virtude da sinalização de reforma, mas o o seguro de veículos deve continuar sendo menos favorecido.

O dono da Arte Real considera que 2018 serviu para repor as perdas de 2016 e de 2017. Houve crescimento de 35% no ano passado, mas o triênio 2016/2018 contabilizou avanço de apenas 5%.

Particularidades regionais

Particularidades regionais contribuem para inibir o segmento. Uma delas é a concentração do mercado na capital, dadas as dificuldades de acesso ao interior e a fragilidade econômica dos municípios. “Ainda há uma demanda reprimida”, observou Érico Parente.

Vasconcelos aponta que o Amazonas tem um número reduzido de players. Há em torno de 950 empresas corretoras de seguros (PJ) e profissionais corretores de seguros (PF) no Amazonas. Mas, a quantidade de empresas não passa de 25.

A consequência é que o portfólio acaba não sendo oferecido integralmente no Estado, com a demanda suprida por companhias de outras regiões. “Muitos dos prestadores locais não atendem às especificações das seguradoras para prestar serviços de qualidade”, arrematou.

O presidente do Sincor-AM/RR diz que a maioria do Distrito Industrial contrata seus seguros fora do Amazonas, reduzindo seu potencial. O Estado contribui com apenas 0,65% das vendas do Brasil. “Se as apólices fossem contratadas pelos nossos profissionais, certamente estaríamos entre os maiores do Brasil”, concluiu.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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