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Mercado de drones continua gerando oportunidades de negócios em Manaus

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Nunca os drones estiveram tão, literalmente, em alta como nos últimos tempos. De um aparentemente simples brinquedo que voava e podia filmar lá do alto, sob vários ângulos, no começo; a agora um poderoso instrumento utilizado para os mais diversos e sofisticados serviços, os negócios com o aparelho estão a todo vapor. Em 2017 o segmento movimentou R$ 300 milhões no país, 50% a mais do que em 2016. Hoje, mais de 700 empresas (entre fabricantes, importadores e fornecedores de componentes e serviços) atuam no país e a previsão é que esse número dobre em dois anos, de acordo com a MundoGeo.

Cenas até para Bollywood

Em 2016 André Malagueta e Bruno Barreto abriram a Drone-X, produtora de imagens aéreas, “mas também apresentamos soluções aos nossos clientes”, informou André, que tem pós-graduação em vant’s e drones, na PUC do Paraná. “Realizamos na Drone-X os mais diversos tipos de serviços. Na área de cinema filmamos cenas para produtoras de documentários e filmes e já fizemos trabalho até para a CBS, TV americana, que nos solicitou algumas imagens da floresta para o The Amazing Race, um dos programas de grande audiência dessa emissora”, contou.

“E tem as produtoras locais, como a MOS e a Banksia Filmes. Até produtores de Bollywood, na Índia, nos solicitaram cenas da floresta e de barcos na beira do rio”, lembrou.

“A última cena, do último capítulo da minissérie Dois Irmãos, da TV Globo, foram feitos por nós”, afirmou.

“Além das cenas para documentários e filmes, os drones hoje fazem de tudo. Medição de terrenos, por exemplo. Recentemente mapeamos duas BR’s em Roraima, a 432 e a 401. Os engenheiros queriam ver o estado das duas rodovias antes e depois”, falou.

“Podem ser feitos mapas tridimensionais, tipo 3D, de qualquer área que o cliente queira. Na agricultura eles chegam a detectar algum tipo de doença, na plantação, e até diagnosticar se há falta de fertilizante em determinada área plantada. As mineradoras os usam para monitorar barragens e pescrutar áreas com minérios”, informou.

“A tecnologia dos drones veio para mudar vários conceitos e a maioria das pessoas ainda não sabe do potencial de uso desses aparelhos”, alertou.

Eduardo Noguchi tem experiência de 35 anos com aeromodolismo

Antes eram multirotores

Eduardo Noguchi começou a brincar com aeromodelismo há 35 anos. Há mais de 20 começou a consertá-los e, “desde então, consertar esses aparelhos tem sido o meu ramo de negócios. Há sete anos comecei a consertar drones e montei a Drones Assistência Técnica”, lembrou.

“Muito tempo antes de os drones ficarem conhecidos e falados, eles começaram a surgir no aeromodelismo. Na época eram chamados de multirotores, aí foi evoluindo, evoluindo e, de um brinquedo, se tornou isso que é hoje”, falou.

“É um segmento em franca evolução, e evolução rápida. Semanalmente recebo uns 4 a 5 drones para conserto e, 99% é por mal uso. Apesar de ser um aparelho muito fácil de você manejar, tem gente que ainda consegue danificá-los. Tem aparelhos mais modernos com sistema anti-colisão. Quando ele está prestes a bater, o vôo é interrompido. O ideal é a pessoa fazer um curso rápido para aprender os segredos do aparelho”, informou.

“Também para não terem problema, as pessoas não devem ir atrás somente do preço mais em conta. Existem vários fabricantes e diferenças imensas entre eles. Eu costumo indicar os drones da DJI, uma empresa chinesa. Com certeza os deles são os melhores, apesar de existirem outras boas marcas chinesas. Antes as melhores marcas eram as alemãs, mas as chinesas conseguiram superá-las, em tecnologia de ponta”, garantiu.

De acordo com a necessidade

Mário Jr. trabalhava no Polo Industrial de Manaus como técnico em engenharia até perceber que poderia ganhar mais sendo seu próprio patrão. Assim, há quatro anos, surgiu a MDJ Drones, loja especializada em vendas do aparelho.

“Aqui eu faço de tudo: vendo, conserto, filmo e fotografo, dou assessoria e ainda realizo um curso gratuito de uma hora para quem compra um drone. A assessoria consta de mostrar para o cliente qual melhor drone ele deve comprar de acordo com a sua necessidade”, explicou.

“O drone mais barato na minha loja custa R$ 3.000, aí, dependendo da qualidade da câmera e dos outros serviços que podem ser realizados, o aparelho vai subindo de preço. O mais caro que tenho é um lançamento que custa R$ 9.500, um Mavic 2 Pró. A versão mais moderna do Mavic traz um canhão de luz e um ultra-som, ou seja, ele pode ser utilizado em resgates para localizar pessoas, numa mata, por exemplo”, revelou.

“Outros servem para a agricultura. Antes o agricultor precisava de um avião para pulverizar sua plantação. Hoje um drone faz esse serviço sem precisar de piloto, ou gasto de gasolina e com a capacidade de se ver em detalhes a plantação, ou mesmo criação de animais no pasto”, garantiu.

“Dia 12 vou realizar um treinamento numa empresa que comprou um drone para ser utilizado pelos seguranças. Eles vão poder visualizar todos os recantos da empresa sem precisar se expor ao perigo”, adiantou.                  

“Tenho todo tipo de clientes, mas muita gente está comprando drones para querer ganhar dinheiro com eles. Só o tempo e o profissionalismo dirão se conseguiram”, finalizou.

 

Serviço:

Drone-X, rua Ferreira Pena, 1003, centro, fone: 9 8408-2410

Drone Assistência Técnica, av. Djalma Batista, 223, São Geraldo, fone: 9 9494-1414

MJR Drones, Alvorada, fone: 9 8108-1831 (solicitar visita antes)

 

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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