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MERCADO DE CAPITAIS

Dados decepcionantes de produção industrial da China aumentaram entre os investidores a cautela com mercados emergentes e causaram uma baixa generalizada das Bolsas hoje. As notícias também tiveram impacto entre as principais moedas emergentes e fizeram com que o dólar atingisse o maior patamar em cinco meses ante o real.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em baixa de 1,98%, aos 48.320 pontos, respondendo à retração da produção industrial do país asiático em janeiro. Foi a primeira retração em seis meses.
A pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), elaborada pelo Markit/HSBC, caiu para 49,6 em janeiro em relação aos 50,5 em dezembro. O resultado ficou abaixo da marca de 50 pontos que separa crescimento de contração e foi pressionado pela demanda doméstica e de exportação mais fraca.
O dado ruim da China pesou sobre as ações da Vale, empresa que destina cerca de metade de suas exportações de minério de ferro ao país asiático. Uma desaceleração da economia chinesa provoca o receio de que as vendas da empresa brasileira sejam afetadas.
“O PMI fraco da China provocou um mau humor internacional. A Bolsa caiu por influência externa, por causa do ambiente mais pesado lá no exterior”, afirma Paulo Gala, estrategista-chefe da Fator Corretora.
“A Vale sofre muito com a queda do preço do minério de ferro e com a incerteza em relação a China, que pode crescer 7% este ano, o menor crescimento desde 1990”, completa.
Os papéis preferenciais da Vale, os mais negociados, caíram 2,14%, a R$ 28,29, enquanto os ordinários (com direito a voto) perderam 2,07%, a R$ 31,15.

Dólar dispara
O dólar atingiu o maior patamar em cinco meses ante o real após um aumento generalizado do mau humor do investidor com moedas de países emergentes, como o Brasil. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, subiu 0,97%, a R$ 2,395, maior patamar desde 22 de agosto do ano passado, quando a divisa encerrou cotada em R$ 2,4299.
O dólar comercial, usado no comércio exterior, avançou 1,26%, a R$ 2,403, maior nível também desde 22 de agosto de 2013 (R$ 2,432).
A China também contribuiu para a valorização da moeda hoje, ao aumentar a instabilidade no mercado cambial, afirma Guilherme Prado, especialista em câmbio da distribuidora de valores Fitta.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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