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Mercado de blindados tem maior participação da mulher

O medo e a insegurança causados pela violência crescente no trânsito das grandes cidades vêm alavancando consideravelmente o mercado de carros blindados no país. Da mesma forma que cresce a procura por veículos blindados, cresce também a ­participação das mulheres nesse mercado, o que é plenamente compreensível quando nos tornamos conscientes de que somos as presas preferidas dos assaltantes.
As mulheres já são visitas frequentes nas lojas de carros blindados do país, bem como das locadoras desse tipo de veículo. A maioria das clientes ainda vai às concessionárias acompanhadas do marido, pai ou namorado, mas quem define a compra do veículo é, na quase totalidade das vezes, a mulher, mesmo que o carro não seja para ela e sim para um dos homens da família. A mulher tem uma visão diferente do homem em relação ao uso do veículo. Enquanto ele visa o design e a potência, ela se ocupa de garantir a economia em relação ao gasto de combustível e se preocupa com a segurança do veículo nas ruas e estradas.
O acesso a veículos blindados ainda é limitado, mas a crescente ­violência nas grandes cidades faz com que até os “menos ricos” de classe média alta apertem o cinto e ­optem pela ­compra ou locação de um blindado em caso de necessidade.
Em alguns casos, e em algumas empresas, a participação das mulheres já atinge 60% das vendas da empresa. O motivo para a locação ou compra de um carro blindado é sempre o mesmo: insegurança no trânsito. Mas além do carro é preciso estar sempre atenta, eventualmente fazer um curso de direção defensiva e ofensiva, deixar sempre uma certa distância do carro da frente para tentar uma fuga e etc.
Não só a segurança é levada em conta quando uma mulher decide pela compra ou locação de um blindado. O status também influencia. O carro blindado pode ser considerado símbolo de poder. O mesmo aconteceu com o telefone celular, antes de sua popularização, era chique ter e todos o queriam. Com o blindado isso também ocorre. Claro que não podemos comparar os preços e o tempo que ele ainda levará para tornar-se acessível, mas na dificuldade para a compra, as mulheres estão optando pela locação em pe­ríodos que acham que vão correr riscos.
 O crescimento da participação das mulheres no mercado de blindados é um fato que agrada às empresas de blindagem e já influencia as estratégias dos departamentos de marketing. De acordo com os dados da Abrablin (Associação Brasileira de Blindagem), as mulheres representam 34% dos usuários de veículos blindados. Desse universo, as que têm entre 30 e 39 anos são as que mais utilizam a proteção (24%). As faixas etárias dos 40 aos 49 anos (22%) e dos 25 aos 29 anos (20%) vêm logo em seguida. Há de se convir que é uma participação significativa, capaz de influenciar grandes estratégias de marketing.
Entre os homens (66% dos usuários), a maior concentração está entre os que têm de 40 a 49 anos (28%). Na sequência estão os que possuem de 30 a 39 anos (26%) e os de 50 a 59 anos (18%). A pesquisa também aponta que 73% dos usuários de ­veículos blindados são executivos ou empresários. A classe artística é a segunda maior, com 7%, seguida pelos políticos e juízes (5% cada). Outras categorias somadas representam 10% das pessoas que buscam esse tipo de proteção.

Cristina Alberto é diretora presidente da Maxiauto, empresa especializada na locação de veículos blindados e que foi pioneira nesse segmento.
E-mail: [email protected] e www.maxiauto.com.br

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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