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Mercado bom para cachorro

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Vendas de produtos pet expande mercado em Manaus e geram negócios alternativos

Em um período de instabilidade econômica no país, mercado de pet geram boas oportunidades de vendas, e expandem novos negócios em mercados alternativos. O que antes era de comercialização exclusiva dos tradicionais pet shops, agora ganham espaços em outros segmentos do comércio varejista. Lojas de roupas, supermercados e até drogarias mergulham nesse segmento que a cada dia cresce no Brasil. O país possui o segundo maior mercado de pet shops do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, e está em crescimento.

Segundo a sócia proprietária e médica veterinária da empresa Vet & Food serviços veterinários, Tamy Mamed, os pet shops acabam perdendo muito com essa concorrência, pois a maioria das lojas já possuem um público-alvo segmentado e específico, que acabam migrando para outros estabelecimentos como drogarias, devido às facilidades.

“Outros segmentos de varejo que oferecem esses produtos acabam ganhando, pois com isso, acabam expandindo seu público, que estão mais do que nunca em busca de praticidade”, disse.

De acordo com a PNS-2013 (Pesquisa Nacional de Saúde) realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontou que 44,3% dos domicílios do Brasil possuem pelo menos um cachorro. O valor é equivalente a 28,9 milhões de unidades domiciliares. Em relação à presença de gatos, 17,7% dos domicílios possuem pelo menos um, valor que equivale a 11,5 milhões de unidades domiciliares. No Amazonas, são 404 domicílios com um cachorro. Em se tratando de gato, são 171 domicílios com algum gato. Em 2014, o setor de animais de estimação cresceu 10%, bem mais do que o PIB, que cresceu 0,1%.

Conforme Mamed, o segmento vem crescendo cada vez mais, visto que cães e gatos tornaram-se membros das famílias brasileiras.  “Com as informações mais acessíveis em internet e mídias sociais, intensificou a importância dos cuidados como levar ao veterinário anualmente e cuidados diários necessários para uma vida prolongada desses animais”, disse.

Já o proprietário do Vets & Pets clínica veterinária, Adenor Lima, conta que o mercado pet é um dos segmentos que mais cresce na cidade. E com isso, explica que a abertura de novas oportunidades de negócios em outros estabelecimentos é algo normal, e enxerga com bons olhos a concorrência.

“O animal hoje é considerado um membro da família, E toda essa crise que o nosso país passa, não atingiu o segmento pet que continua em expansão. Hoje já existe, certidão de nascimento de animal, e até guarda compartilhada quando o casal se separa.  a concorrência é fundamental para que sempre tenha preços mais vantajosos para os clientes, isso é bom, eu vejo como algo positivo”, ressaltou.

Para a proprietária do Pet Quiosque Manauscão Kátia Gomes, o mercado de pets é um segmento em constantes transformações, e que existem diferentes realidade que podem ser analisadas de diferentes aspectos. Desde as pequenas empresas às grandes redes de lojas do segmento.

Como empresária, não tenho números para me basear, apenas a vivência
do ramo me faz acreditar que é uma área que está em ritmo de
transformação. O que difere um pet, antes e depois da crise é justamente o nível de
comprometimento e responsabilidade, que passaram a ter com o animal.
minha empresa surgiu em plena crise e apesar disso cresce
gradativamente. Por outro lado, as grandes empresas Pet, sofreram um baque bem maior com a crise, algumas fecharam, outras se tornaram menores. Já os pets
de bairro se fortaleceram na crise ao fidelizar e melhorar seus serviços”, disse.

Cuidados

A médica alerta para os cuidados que o consumidor precisa ter, na hora de escolher o local para comprar os alimentos de seus animais. E ressaltou, que é preciso escolher lugares devidamentes regularizados, que tenham a presença de um médico veterinário, como responsável técnico para venda dos produtos. Pois somente ele, poderá dar a assistência técnica necessária para um eventual problema que afete a saúde do animal.

“Como profissional da área, recomendo que todo tutor compre em pet shops devidamente regularizados. Pois assim, terá a segurança de ter a quem recorrer caso haja alguma irregularidade quanto a qualidade do produto. Apenas o médico veterinário responsável técnico poderá direcionar e responder por qualquer alteração inerente ao produto. Como uma ingestão de ração adulterada por exemplo. Algo que não se consegue quando se adquire esses produtos em outras formas de varejo sem um profissional responsável técnico disponível”, explicou.

Dificuldades do segmento

Já o empresário Reginaldo Matos, conta das eternas dificuldades de logísticas que as lojas sofrem em Manaus, fato que encarece o preço final dos produtos, e dificulta a transação comercial com os fornecedores. E ressaltou, que o crescimento do mercado pets no Brasil, seria uma grande oportunidade para atrair indústrias do segmento para atuar no PIM (Polo Industrial de Manaus).
 
“Sabemos que Manaus sofre bastante com a distância, por isso tudo chega com um preço mais elevado. Sem citar a alta carga tributária, desemprego, desestabilização econômica. Com o crescimento do segmento pet, talvez sirva de incentivo a novos empresários/empreendedores, em um futuro próximo abrir indústrias na cidade que fabrique, equipamentos ou criando produtos pet gerando mais empregos e rendas pra nossa gente”, disse.    

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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