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Menos vagas formais no Amazonas

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O Amazonas encerrou o mês de maio com a abertura de 9.073 vagas de emprego formal, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados na quarta-feira (20), pelo Ministério do Trabalho. Por outro lado, o mês registrou o encerramento de 10.284 vagas formais, com saldo negativo de -1.211 vagas perdidas.

Nos cinco primeiros meses do ano, foram menos -1.492 vagas, mas, nos últimos 12 meses, o saldo é positivo com 4.532 postos de trabalho formais. O resultado mensal foi puxado pela indústria que registrou 2.750 demissões e apenas 1.750 admissões, com saldo negativo de -976 vagas. O setor da construção civil também registrou saldo negativo de -351 vagas formais em maio. O comércio teve uma mínima queda de -30 vagas, resultado de 2.759 contratações e 2.786 demissões.
O presidente do Corecon (Conselho Regional de Economia) no Amazonas, economista Francisco Mourão Jr, avalia que o resultado é reflexo da economia nacional, uma vez que o Polo Industrial de Manaus é dependente dos humores do consumo no mercado interno. “Apesar da inflação controlada, da taxa de juros num patamar desejado, o consumidor deixa de comprar quando não tem segurança e garantia do emprego”, acrescenta.

Esse estado de desânimo do consumidor é afetado pela instabilidade política, que ganha amplitude quando o país é assolado por medidas econômicas emergenciais para apagar incêndios pontuais. Apesar dos impactos, há expectativa de melhora no fim do túnel com a reação da economia conforme apontam recentes indicadores. “A expectativa é de melhora. Se não houvesse essa reação os números seriam certamente piores”, explicou o economista.

O setor contrastante no indicador do Caged foi o de serviços no Amazonas. O setor registrou um saldo positivo de 131 vagas, resultado da contratação de 3.851 trabalhadores e a demissão de outros 3.720. Em cinco meses, o saldo positivo no setor de serviços é de 1.068 vagas. Em doze meses o desempenho mostra mais 2.205 vagas formais para o trabalhador amazonense.

Twitter

O presidente da República, Michel Temer, antecipou a divulgação do resultado nacional do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de maio e anunciou, pelo Twitter, que o país criou mais de 33 mil empregos formais no mês passado. “Acabo de receber os números do Caged. Foram criados mais de 33 mil empregos formais no mês de maio no Brasil, com destaque para o Sudeste e Nordeste. No acumulado do ano, passamos de 380 mil novos postos de trabalho”, escreveu Temer na rede de microblog.

O resultado, que estava agendado para ser divulgado nesta quarta-feira às 17h pelo Ministério do Trabalho, veio abaixo do piso do intervalo das estimativas do mercado financeiro coletadas pelo Projeções Broadcast. As 16 previsões variavam de 40.600 a 91.077 vagas, com mediana de 66.130 postos.
O dado de maio também demonstra forte desaceleração em relação a abril deste ano (115.898) e está aquém do saldo positivo de 34.253 postos de igual mês de 2017.

O mês de maio foi o quinto seguido com abertura de vagas com carteira assinada. O último resultado negativo, com mais demissões que contratações, foi em dezembro do ano passado, quando foram fechadas 328.539 vagas.

Na terça-feira (19), após lançar campanha publicitária que admite o desgaste de seu governo e que suas ações vão demorar a ter efeitos perceptíveis pelos cidadãos, o presidente Temer pediu que ministros façam alarde de números de sua gestão para “vencer o pessimismo”, entre eles o resultado do Caged.

Fred Novaes

É jornalista
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