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Menos tempo para a qualificação

Os cursos superiores de tecnólogo estão crescendo no mercado brasileiro. O grande atrativo é que são cursos rápidos, que duram de dois a três anos. Além disso, as aulas são muito práticas e o estudante já sai da universidade com uma boa bagagem para enfrentar o mercado.
Apesar de muitos confundirem, este tipo de curso não é técnico e vale como graduação de nível superior. “Na área de engenharia, você pode ter um tecnólogo em construção de pontes, um outro que faz pavimentação. Ele não vai fazer a estrada toda, mas ele vai fazer partes. Esse conhecimento, apesar de ser mais restrito, é mais aprofundado. É muito mais aprofundado, muito mais elaborado, muito mais completo que um curso técnico”, explica Rodrigo Meniconi, coordenador do curso superior de tecnologia em conservação e restauro.
A maioria dos alunos desse tipo de curso acabou de sair do ensino médio e tem urgência para chegar ao mercado de trabalho. Também é comum encontrar pessoas que buscam outra profissão.
Ana Lígia é de Cuiabá, Mato Grosso, e deixou a faculdade de arquitetura pela metade para fazer o curso de conservação e restauro em Minas Gerais. O curso ensina técnicas para restaurar pinturas e esculturas com séculos de história. “Como lá não tem profissional da área, começa a ampliar a área de restauração na região”, comenta.
Segundo o último levantamento feito pelo Ministério do Trabalho, a média salarial dos tecnólogos é de R$ 2,4 mil e mais de 13 mil pessoas estão empregadas no Brasil.
O gestor cultural Ronaldo de Carvalho Martins abandonou o curso de turismo no último período e, agora, está quase concluindo o de restauro. Ele já se prepara para dar aulas em uma comunidade africana. “É uma carreira em construção, mas logo já veio muita coisa pra mim. Essa sequência de trabalhos, estudos e logo já veio um projeto para trabalhar fora do Brasil. É um privilégio na verdade, é um privilégio muito grande”, diz.
Outro curso de tecnólogo em alta é o de design de moda. No Senai do Paraná, a primeira turma começou em julho de 2012 e vai se formar em 2015. São 80 alunos matriculados e a maioria quer criar coleções para a indústria do vestuário. “Ele está apto a desenvolver coleções, mas também com um olhar para a indústria, porque ele tem que saber que a coleção que está produzindo vai para o mercado, vai para uma indústria pra ser produzida em grande escala”, explica Edson Korner, coordenador do Senai.
Já formada em marketing, Ariane Lopes começou o curso de tecnólogo em moda pensando em trabalhar na área de produção da indústria, mas ela já tem novas ideias: “Eu não imaginava que eu iria trabalhar na área de criação, de ser designer mesmo, de ser estilista, de fazer uma coleção. Foi uma coisa que eu descobri durante o curso”.
Em Campinas, no interior de São Paulo, estar um dos cursos mais concorridos do Senai de todo o Brasil: o de tecnólogo em fabricação mecânica, que ensina o aluno a projetar ferramentas para a produção mecânica, planejar e gerenciar processos de fabricação.
O curso leva três anos e para se dar bem é preciso gostar de cálculo, desenho, criação e também de mecânica. O salário inicial de um projetista formado é de R$ 3 mil e pode chegar a R$ 8 mil. “Eles aprendem a fazer moldes para ingestão de termoplásticos, para fabricar objetos de plástico, desde tampa de caneta a painel de carro. E também peças de metal, como talheres e tampa de fogão”, explica o coordenador do curso, Leandro Recchia.
O profissional sai deste curso preparado para trabalhar nas indústrias em geral, principalmente nos setores automobilístico, de embalagens, de brinquedos e eletroeletrônicos. Noventa por cento dos alunos já atuam na área e buscam, com o conhecimento adquirido e com o diploma, uma promoção nas empresas onde trabalham.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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